sexta-feira, 11 de abril de 2014

3888 - Pechada no centro de Montenegro

Pechada era o nome que se dava, antigamente, às colisões de veículos
A Empresa Rammé Limitada mantinha uma linha de ônibus que ligava Montenegro a Caaxias, passando pelo Caí e Bom Princípio. Pedro Cláudio Leal Machado comentou, na página de Facebook Montenegro de Ontem, que ele viajava no ônibus da foto quando ia de Montenegro, onde morava, a Bom Princípio, onde estudava no Seminário São João Vianei. No Passo Selbach (perto de Bom Princípio), quando o rio Caí estava baixo, o ônibus cruzava o rio sem ponte nem barca.  A barca só era usada quando o rio estava alto. 
João Luiz Pretto Menezes lembra que esse ônibus fazia a linha Montenegro a Tupandi (que então era um distrito montenegrino) e também que a empresa teve um outro ônibus, mais moderno, não tinha essa frente de caminhão. Os ônibus e caminhões sem o bico na frente, quando surgiram e eram novidadde, foram chamados de “cara chata”.
Isso acontecia antes de 1970, quando ainda não existia a ponte estreita no rio Caí  perto da cidade de São Sebastião do Caí. O ônibus da Rammé cruzava o rio usando a barca que existia até então em São Sebastião do Caí.
Ricardo José Lerch conta que ficou muito apreensivo quando, numa viagem feita quando ele tinha 10 anos de idade, quase sofreu um acidente grave. Foi na descida da serra, vindo de Carlos Barbosa. As balacas (lonas de freio) queimaram e o ônibus ficou sem freio. 
O motorista ..... Rammé, conseguiu segurar o ônibus o encostando num barranco e evitando assim, que ele despencasse num abismo. Esse fato ocorreu na década de 1960.
Marlene Clareni Rammé esclareceu que os ônibus da empresa Rammé eram adquiridos novos, na empresa Eliziário, de Porto Alegre. A carroceria era montada sobre um chassi de caminhão. Eles foram produzidos na década de 1950.
ZildoRichter reconheceu o local da pechada (colisão) mostrada pela foto: o cruzamento das ruas Capitão Cruz e Osvaldo Aranha.
Antigamente, as colisões de veículos eram muito comuns, apesar do pequeno número de veículos então existente. E era muito grande, também, o número de acidentes graves e de mortes. Bem maior do que o número atual, considerando-se a desproporção entre o número de veículos de então com os de hoje.

Texto baseado em comentários feitos a essa foto divulgada por Véra Kartsch
na página Montenegro de Ontem


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