quinta-feira, 24 de abril de 2014

3939 - Leindecker: o jovem inventor, na terceira idade

A joalheria Laindecker funcionava neste prédio, junto com a loja Nunes

A joalheria Laindecker, de Fredolino Leindecker,  a partir de 1985 passou a ser dirigida pelas filhas dele, Lenita e Ledir. Elas contrataram, ainda, uma funcionária chamada Claudete dos Santos, que hoje trabalha na Locadora Videos Haus. 
No ano de 1990 aconteceu um fato que levou as duas filhas do joalheiro a se desgostarem da atividade na joalheria. Elas abriram a joalheria mais cedo e quando entraram, foram surpreendidas pela chegada de assaltantes armados. 
Os ladrões levaram praticamente todo o estoque de jóias. O prejuízo e o susto foram tão grandes que as duas irmãs decidiram fechar a loja. 
O imóvel foi, então, alugada para a Malharia Pilger, que permaneceu em atividade ali até 2013 e, com o passar do tempo, passou a vender semi-jóias. 
Depois se instalou ali a loja Maria Faceira, que vende bijuterias e enfeites. 
Lenita mora hoje no segundo piso do antigo Magazine Costa e Lenir faleceu em 2006.
Fredolino comprou um terreno na colina onde termina a Capitão Porfírio, no ponto onde termina a rua Capitão Porfírio. Ela foi construída no alto de um barranco íngreme do lado direito da rua. A sua foi a primeira casa construída ali e era uma verdadeira mansão, do local se tem uma vista ampla. Na época, como ainda não haviam muitos edifícios altos, se podia ver, praticamente, todo o centro da cidade. A visão era deslumbrante.
Leindecker possuía uma grande quantidade de moedas antigas, de ouro e de prata, que acumulou durante décadas com a sua atividade na joalheria. A casa era repleta de objetos de valor. Por isso ele tinha um cachorro grande, que vivia dentro da casa. Era o seu guarda. Quando a campainha tocava, o cachorro era o primeiro a atender.
Egon Schaeffer, que também colecionava moedas, o visitou muitas vezes e lhe chamou a atenção os relógios que Leindecker havia construído e foram mostradas na exposição comemorativa ao centenário de Montenegro. Chamou-lhe a atenção dois grandes relógios de pêndulo, com dois metros de altura e Fredolino revelou que ele mesmo os havia construído e que havia vendido um deles para Eny Bühler, esposa do ex prefeito Ivo Bühler. 
Já bastante idoso, com dificuldade para caminhar, Leindecker mostrou mais uma vez o seu espírito inventivo construindo, para seu uso, uma bicicleta motorizada. Com ela ele fazia passeios até uma área de terras onde plantou pés de laranja. 
Ligava o motor e rumava para lá pela manhã. À tarde, usando aquele mesmo improvisado veículo, ia ao Clube do Comércio, onde passava a tarde jogando canastra. 
Leindecker vendeu moedas de prata para Egon e gostava muito de conversar. Um dia queixou-se, dizendo que já tinha 91 anos e não podia mais caminhar. Falou que o velhinho lá de cima tinha esquecido dele. Egon consolou-o dizendo que estava muito ativo e era um homem empreendedor, que tinha uma bela família e um grande patrimônio conquistado. Fredolino Leindecker faleceu por volta do ano 2000. 

Texto composto a partir de depoimento de Egon Arnoni Schaeffer

2 comentários:

  1. porque nao entrevistaram os familiares para nao correr o risco de divulgar informaçoes erradas ?? nem ao menos para informar corretamente o ano de falecimento ?? ledir faleceu em 2006 ??? serio ??? meu vo faleceu " por volta do ano 2000 " ?

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  2. é revoltante ver tanta informaçao errada a respeito da minha familia, kesse tal Egon nao sei quem sequer sabe o nome correto da minha mae ou minha tia e se da ao luxo de falar sobre |??

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