sábado, 3 de maio de 2014

3962 - As gasolinas do Matiel

No porto do Caí, as gasolinas não atracavam apenas  no cais,
mas também no outro lado do rio (na localidade de Matiel).

Os vapores eram barcos grandes, com maior calado e só podiam atracar no porto do Caí, só podiam atracar no cais. Mas as gasolinas navegavam  mesmo com pouca profundidade, por isso elas podiam atracar também no outro lado do rio, na localidade de Matiel.
O porto do Caí contava com um belo cais. Nada que se compare com o de Montenegro. Mas era uma estrutura respeitável. Até a década de 1940, era intenso  o movimento de caminhões, que traziam fardos de alfafa para serem embarcados nos vapores e nas gasolinas.
No ano de 1940 os antigos vapores estavam encerrando a sua era e as gasolinas tomavam conta do transporte. 
Esses barcos eram movidos por motores a explosão. Semelhantes aos dos caminhões da época. Bem no seu início o combustível usado era o querosene (apesar do nome gasolina), mas nos anos 1940 já eram movidas a óleo diesel.
A União Fluvial Caiense foi a última grande empresa de navegação caiense. Ela estava instalada na rua Tiradentes, sendo o antepenúltimo prédio da rua (lado esquerdo para quem vai em direção ao rio). Ali estacionavam os caminhões, vindos principalmente da região de Bom Princípio e Feliz e ficavam estacionados em fila, esperando a chegada de um barco. Então os fardos eram transferidos para uma carreta de bois que desciam os fardos até junto ao cais, onde elas faziam a volta e, como o terreno era inclinado, os fardos caíam ao chão, sendo, então, levados para o barco pelos estivadores.
MATIEL
Do outro lado do rio, em frente ao cais caiense, fica a localidade de Matiel, hoje pertencente ao município de Pareci Novo (na época pertencia a Montenegro). Ali não havia cais, mas as gasolinas atracavam também daquele lado.
Vários matielenses se dedicavam à compra de frutas e ao seu transporte para Porto Alegre. Para isso, alguns moradores locais possuíam gasolinas. 
Arbo Hoerlle era dono da gasolina Floresta e seu irmão Avelino era dono da Urna. Os irmãos Jacó e Arno Fuchs possuía a gasolina Castor que, mais tarde passou a ser Castanino (talvez porque se dedicasse ao transporte de tanino, grande riqueza de Montenegro). 


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