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| O antigo Cine Pathe foi modernizado e transformou-se no Cine Tanópolis, e hoje, ocupando apenas o espaço do mezzanino do antigo cinema, segue em atividade há mais de 90 anos |
A programação do Cine Pathe era, preferencialmente, composta por filmes de aventura, inclusive seriados de quatro ou cinco capítulos, que eram exibidos em continuação nas matinés de domingo.
As companhias de cinema que produziam esses filmes eram a RKO Rádio Pictures, Paramout, Universal, UFA (alemã), Arthur Rank (inglesa), Metro Goldwyn Mayer,Twenty Century Fox, United Artists, Columbia Pictures, as brasileiras Atlântida e Vera Cruz, mais a mexicana Pelmex.
Assim foi até que, em 1951, faleceu Luciano Decusatti.
Para manter o cinema em atividade, a viúva Decusatti recebeu o apoio da exibidora cinematográfica Petry LTDA, que já administrava o Cine Goyo-en. E assim foi, até o ano de 1956,
No dia 29 de janeiro deste ano, ocorreu a inauguração do reformado cinema Pathe, com o novo nome de Tanópolis. Montenegro fervilhava de progresso graças à nova riqueza proporcionada pelas fábricas de tanino, geradora de empregos tanto na cidade como no interior (onde as terras foram cobertas por matos de acácia, planta da qual era extraído o tanino, insumo fundamental para a curtição de couros e, portanto, para a indústria calçadista, que se desenvolvia extraordinariamente no vizinho Vale do Sinos.A reforma do prédio levou um ano. A frente foi mantida, mudando apenas o letreiro, de Pathe para Tanópolis.
Mas o interior foi muito melhorado.
A concessão do cinema passou para Carlos Gustavo Jahn Filho, que também já tinha a concessão do cine Goyo-en.
Em 1970 aconteceu a troca dos assentos, quando as poltronas foram colocadas com assento e encosto macios e confortáveis. E assim o Tanópolis reinou absoluto, por vários anos, como o maior e melhor cinema do Vale do Caí.
Mas o avanço da ciência e da tecnologia trouxe uma inovação que ameaçou seriamente a continuação do cinema: a TV.
A TV Piratini foi inaugurada em 1959 e a Gaúcha em 1962, provocando diminuição no número de frequentadores dos cinemas. O impacto não foi imediato porque poucas famílias tinham, naquela época, condições de adquirir um aparelho de TV. Mas, aos poucos, os aparelhos foram se tornando mais acessíveis, o crédito foi sendo mais facilitado e a renda da população aumentando. Cada vez mais lares passavam a ter com um aparelho de TV e era menor o número de pessoas que saíam de casa para ir ao cinema.
O Cine Goyo-en, menos confortável, foi o primeiro a sentir o impacto. Para continuar tendo renda para mantê-lo, Jahn promovia nas sextas feiras, às 22 horas, sessões de filmes eróticos, com entrada permitida só para homens.
Em 1966, o cine Goyo-en encerrou suas atividades.
Em 1985, o cine Tanópolis fechou. A parte de baixo foi vendida, instalando-se ali a loja OBA OBA.
Para que Montenegro não ficasse sem cinema, o mezanino foi reformado e alugado, reabrindo com 200 lugares. Isso foi conseguido graças à iniciativa da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montenegro.
Texto de Egon Arnoni Schaeffer
As companhias de cinema que produziam esses filmes eram a RKO Rádio Pictures, Paramout, Universal, UFA (alemã), Arthur Rank (inglesa), Metro Goldwyn Mayer,Twenty Century Fox, United Artists, Columbia Pictures, as brasileiras Atlântida e Vera Cruz, mais a mexicana Pelmex.
Assim foi até que, em 1951, faleceu Luciano Decusatti.
Para manter o cinema em atividade, a viúva Decusatti recebeu o apoio da exibidora cinematográfica Petry LTDA, que já administrava o Cine Goyo-en. E assim foi, até o ano de 1956,
No dia 29 de janeiro deste ano, ocorreu a inauguração do reformado cinema Pathe, com o novo nome de Tanópolis. Montenegro fervilhava de progresso graças à nova riqueza proporcionada pelas fábricas de tanino, geradora de empregos tanto na cidade como no interior (onde as terras foram cobertas por matos de acácia, planta da qual era extraído o tanino, insumo fundamental para a curtição de couros e, portanto, para a indústria calçadista, que se desenvolvia extraordinariamente no vizinho Vale do Sinos.A reforma do prédio levou um ano. A frente foi mantida, mudando apenas o letreiro, de Pathe para Tanópolis.
Mas o interior foi muito melhorado.
A concessão do cinema passou para Carlos Gustavo Jahn Filho, que também já tinha a concessão do cine Goyo-en.
Em 1970 aconteceu a troca dos assentos, quando as poltronas foram colocadas com assento e encosto macios e confortáveis. E assim o Tanópolis reinou absoluto, por vários anos, como o maior e melhor cinema do Vale do Caí.
Mas o avanço da ciência e da tecnologia trouxe uma inovação que ameaçou seriamente a continuação do cinema: a TV.
A TV Piratini foi inaugurada em 1959 e a Gaúcha em 1962, provocando diminuição no número de frequentadores dos cinemas. O impacto não foi imediato porque poucas famílias tinham, naquela época, condições de adquirir um aparelho de TV. Mas, aos poucos, os aparelhos foram se tornando mais acessíveis, o crédito foi sendo mais facilitado e a renda da população aumentando. Cada vez mais lares passavam a ter com um aparelho de TV e era menor o número de pessoas que saíam de casa para ir ao cinema.
O Cine Goyo-en, menos confortável, foi o primeiro a sentir o impacto. Para continuar tendo renda para mantê-lo, Jahn promovia nas sextas feiras, às 22 horas, sessões de filmes eróticos, com entrada permitida só para homens.
Em 1966, o cine Goyo-en encerrou suas atividades.
Em 1985, o cine Tanópolis fechou. A parte de baixo foi vendida, instalando-se ali a loja OBA OBA.
Para que Montenegro não ficasse sem cinema, o mezanino foi reformado e alugado, reabrindo com 200 lugares. Isso foi conseguido graças à iniciativa da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montenegro.
Texto de Egon Arnoni Schaeffer
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