quinta-feira, 29 de maio de 2014

4067 - Hélio Alves de Oliveira

Hélio Alves de Oliveira, na moda dos anos 40
Já em 1947 Hélio Alves de Oliveira foi eleito vereador pela coligação PL/UDN; Ocupou o cargo de secretário da Câmara Municipal e foi constituinte municipal. Em 1955 erai eleito Prefeito, cargo que voltou a exercer novamente em 1964, depois de sufrágio nas urnas. Na segunda administração patrocinou a grande III Festa da Laranja (na sua gestão anterior aconteceu a primeira). Um dos prédios que serviu de pavilhão para os festejos, ao depois, foi transformado em Presídio (doado ao Estado em1972) e até hoje utilizado cumprimento das penas de regime aberto e semiaberto. A este tempo, Montenegro mereceu a distinção de Município Mais Progressista do Brasil.
Depois do primeiro mandato executivo, Hélio Alves colou grau na Faculdade de Economia e nos documentos oficiais seu nome passou a ser grafado como: Econ. Hélio Alves de Oliveira. Político bem quisto era sobejamente conhecido e admirado. Diga-se que naquele tempo Montenegro tinha uma grande extensão territorial, abrangendo dez dos atuais municípios circunvizinhos, que da nossa terra se emanciparam.
No seu último mandato como Prefeito, Hélio Alves foi visitar o distrito de Maratá, que se estendia até Bela Vista, na divisa com Bom Retiro (ficava à esquerda de Poço das Antas, terra do Eloy Heinz). Em uma escola municipal foi recebido solenemente, em ato cívico, lavrando-se ata da visita oficial. O seu nome foi grafado como Econ. Hélio Alves de Oliveira e sobre ele apôs sua assinatura. A Diretora colheu a assinatura dos presentes, quase na totalidade agricultores. Um deles, pessoa simples, que já conhecia o prefeito do mandato anterior, ao assinar, leu o nome como escrito e manifestou surpresa: “Conhesso Hélio um tempão e não sapia que o brimeiro nome era EC(g)ON’. A hilaridade ganhou dimensão no tempo.

Em 1968 Adolpho Schüler Netto foi eleito Prefeito; promoveu ampla reforma administrativa, Plano Diretor, melhorou estradas e saiu em busca de novas empresas a instalarem-se em Montenegro. No ano de 1971, para organizar o Centenário de Emancipação Política, nomeou Comissão dos Festejos, sob a presidência de Francisco L. Aigner, Neste período surgiram o Hino Oficial do Município, o Brasão, a Bandeira e a Logomarca do Centenário.
A Comissão trabalhou incansavelmente por mais de dois anos até a apoteose. Ela promoveu o certame para a escolha da Rainha e Corte dos festejos. As moças divulgaram a festa em toda a amplidão possível e durante a festa recepcionaram autoridades, convidados e visitantes. Nas três edições anteriores da Festa da Laranja, não aconteceu escolha de rainhas.
Em verdade, a rainha e as princesas de uma festa oficial de um município não o representam diretamente. O fazem através da festa – da entidade que desenvolve os festejos – divulgando a terra e suas riquezas e recepcionando ao longo da efeméride. A lei nº 4.399/2006, que instituiu a Expomonte, determina em seu art. 3º que: “A organização e administração do evento será realizada através de convênio com uma entidade da sociedade civil, sem fins lucrativos, com a colaboração da Administração Municipal e de uma Comissão Fiscalizadora”.
E não poderia ser diferente: É a entidade conveniada, por sua comissão organizadora, com a colaboração da Administração é que promoverá o certame de beleza, escolhendo as soberanas. Não existe no ordenamento jurídico municipal autorização legislativa para o Executivo promover tal escolha, como aconteceu recentemente. Sem festa, não existe representatividade.


Texto de Ernesto Arno Lauer, divulgado na sua página de Facebook

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