quarta-feira, 4 de junho de 2014

4107 - Silvestre Klein: o grande construtor caiense do século XX

Silvestre e dona Normélia (à esquerda, na foto) sempre trabalharam pela
comunidade e, em especial pela igreja católica: especialmente no longo
período em que ela foi comandada pelo padre Edvino Puhl
Silvestre Klein tinha o dom de construir e fez isso durante toda a sua vida

Seu nome era Reinholdo Silvestre Klein, mas todos o conheciam como Silvestre. Todos mesmo. No final do século XX seria difícil encontrar alguma pessoa adulta, no Caí, que não o conhecesse, devido ao dinamismo, que o fez envolver-se nas mais diversas atividades do município. 

Silvestre nasceu na localidade de Barra do Cadeia, no dia 31 de dezembro de 1928 e era filho dos agricultores José Antônio e Josefina Klein. Quando jovem, trabalhou na roça, com seus pais e, já nessa época, começou a demostrar habilidade na construção de galpões e outras instalações na propriedade da família. A ponto dos vizinhos o contratarem para fazer construções desse tipo também nas suas propriedades.

No inicio da década de 1950, quando tinha pouco mais que 20 anos, Silvetre foi contratado para trabalhar numa grande obra: o depósito de alfafa do exército brasileiro. Mesmo prédio que, depois, abrigou a fábrica Leitz e agora servirá para a escola técnica do SENAI. Situado no bairro Navegantes. Ele foi contratado para ser ajudante, mas em uma semana foi promovido a mestre de obras, devido à capacidade que demonstrou.

Quando casou com Normélia Lucena Sebastiany, Silvestre construiu, ele mesmo, uma casa no bairro caiense do Quilombo, que serviu de residência para o casal por muitos anos.

Silvestre e Normélia tiveram seis filhas: Sílvia Maria Fritzen, Loeci Terezinha Van Grol, Vera Regina Klein Flores, Anemari Klein Pegoraro, Maria Elisabete Klein Rodrigues, Maria Josefina Klein Machado.

A partir de então, ele foi muito requerido para construir, ampliar ou reformar residências e outros prédios.

Na década de 1960 ele já tinha grande conceito e, mesmo sem estudar para isso, foi autorizado a a assinar, como responsável, por obras com até 150 metros quadrados.

Ao longo da sua carreira, ele fez milhares de obras. Grande parte delas no Caí, mas também em outros municípios. Foi contratado, até, para fazer reformas nos prédios antigos da UNISINOS, no centro de São Leopoldo. Construiu e reformou, também, várias igrejas. Inclusive a matriz de São Sebastião.

Criou, também, a Imobiliária Klein, na qual contou sempre com a participação da filha mais velha, Sílvia. Empresa que é, hoje, uma das principais do setor no Vale do Caí.

Silvestre e dona Normélia eram muito dedicados à igreja e a obras assistenciais. Inclusive na realização de obras, como a Creche Santo Antônio, no bairro Navegantes. Os dois sempre ajudavam na realização de festas, como a de São Sebastião.

Ele atuou, também, como secretário de obras da prefeitura e se envolveu na política, elegendo-se vereador.

Foi dirigente esportivo, além de atleta amador, nos clubes Altaneiro e Guarani. Jogou futebol até os 60 anos.

Dona Normélia, que sofria do mal de Alzheimer, faleceu em dezembro do ano passado. Desde então, Silvestre ficou muito abatido mas manteve-se lúcido até o seu falecimento, que ocorreu no último domingo.


Matéria publicada pelo jornal Fato Novo na edição de 4 de junho de 2014
fotos do acervo da família e do jornal Fato Novo

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