sábado, 6 de setembro de 2014

4754 - Madeira: material abundante e de baixo custo

Casas, das mais simples às mais  sofisticadas, foram construídas com 
a madeira extraída das matas nativas que os colonos derrubaram
Com ferramentas simples, os colonos derrubavam árvores gigantescas 
e as transformavam em madeira própria para as construções
Troncos com até 50 metros de altura eram abatidos e, com 
ferramentas precárias, transformados em tábuas ou caibros próprios 
para a construção
Entre os imigrantes, vieram carpinteiros de alta qualidade,
que fizeram casas como essa

Quando os colonos se instalavam em regiões antes desabitadas, precisavam logo construir uma casa, para acomodar a família. Além de galpões, estrebarias, pocilgas, galinheiros, cercas e outras construções necessárias.
O material com o qual puderam contar com mais facilidade foi a madeira. As terras que os colonos receberam do governo ou adquiriram a preço baixo eram cobertas de mato e, entre milhares de árvores, muitas proporcionavam madeira boa para a construção.
Entre todas, a árvore que mais se prestou para isso foi a araucaria brasiliensis, popularmente conhecida como pinheiro.
Ela existia tanto na região da serra como  em vales, inclusive no Vale do Caí. Tinha a virtude de ser uma madeira retilínea e, portanto, própria para a transformação em tábuas ou caibros.
Os colonos encontravam essas árvores nas suas propriedades ou próximo delas e eles mesmos, ou contando com a ajuda de algum vizinho com maior conhecimento, melhor ferramenta ou habilidade para a execução desse trabalho. O tempo de vida dessas árvores é de 200 a 300 anos, podendo chegar até a 500 anos. 
Os primeiros desbravadores de terras encontraram árvores muito antigas e muito desenvolvidas, que lhes serviram muito. Tanto que os pinhais foram quase extintos, sendo preservados, hoje, apenas em parques naturais.
Olhando para a foto acima podemos imaginar a dificuldade dos antigos colonos para abater uma árvore desse porte (as maiores chegam a 50 metros de altura e 2,5 metro de diâmetro.
O tronco que aparece deitado no chão, possivelmente, junto com mais alguns, talvez servisse para deslocar o tronco da araucária depois que ela caísse ao chão. Sobre troncos mais finos o grande tronco podia ser levado até o local adequado para o seu processamento.

Fotos do acervo de Mário Glaeser


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