domingo, 14 de setembro de 2014

4796 - Salvo Conduto

Colonos alemães precisavam de um documento para andar num local onde
não eram conhecidos sem correr o risco de serem  presos








João Pedro Knob tinha 63 ano e morava na localidade de Pareci Novo, no interior de São Sebastião do Caí. Ele tinha o alemão como sua língua natural e, do português, não sabia muito ou falava com forte sotaque alemão. 
Normalmente, este não seria um grande problema, pois era muito comum, na época, que brasileiros de origem alemã falassem o idioma trazido por seus ancestrais com muito mais facilidade do que o português.
Mas a situação ficou complicada depois de 31 de agosto de 1942. A partir de então, a Alemanha tornou-se um país inimigo e pessoas que, no Brasil, falavam o alemão eram suspeitas de serem inimigas ou espiãs trabalhando em favor do inimigo.
Um colono que não soubesse falar bem o português, se viajasse para Porto Alegre ou outra cidade onde não era conhecido, estava sujeito a ser preso.
Por isso ele precisava do documento que se vê acima: um salvo conduto. Documento atestando que o cidadão que o portava era pessoa conhecida das autoridades locais.
João Pedro Knob, que foi avô da esposa de Mário Glaeser, obteve esse documento na subdelegacia de Pareci  Novo. 

Foto do acervo de Mário Glaeser

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