segunda-feira, 20 de outubro de 2014

4929 - A Ramiro, perto do rio



Essa foto foi publicada por Romélio Oliveira na página de Facebook Montenegro de Ontem. Ela mostra o trecho inicial da rua Ramiro Barcelos, próximas ao rio Caí.
Pessoas que moraram no local ou o conheceram bem fizeram interessantes comentários sobre a foto, que aqui transcrevemos:
O ângulo do qual foi feita essa foto dá a impressão de que ela só pode ter sido feita do alto do prédio do Frigorífico Renner. Único prédio alto existente no local, no passado. Mas Romélio Oliveira considera que essa foto tenha sido feita antes de 1938, pois as paredes da igreja evangélicas ainda eram claras. Segundo ele, foi nesse ano que a cor foi mudada  para escuro. E, em 1938, ainda não havia sido construído o frigorífico. Por isso, Romélio supõe que a foto tenha sido feita do telhado da fábrica de banha Renner.
Alídia Teresinha Fischer informou que a primeira casa à direita era de seus tios Amauri e Lídia Schu.
Flávio Brochier, que trabalhou no frigorífico, comentou que um filho desse casal chamado Paulo Roberto Schu foi seu colega  de aula e também trabalhou no frigorífico.
Segundo Oscar Francisco Paes de Oliveira, no lado esquerdo da rua, ao lado dessa casa alta, se vê a casa de um homem chamado Franco. Casa que ainda existe e tem escrito, na sua frente, o ano da sua construção: 1934. Logo ao lado, na esquina, vê-se a casa em que morava um outro Schu. Este, ainda conforme lembra Oscar Francisco Paes de Oliveira (com certa dúvida), se chamava Fridolino e gostava muito de jogar bocha no bar que havia em frente. Oscar informa, ainda, que no local onde se vê uma chaminé morava o Paveq. Hoje se encontra ali o edifício São João.
Carlos Roese diz que na casa do outro Schu (a da esquina) moravam seus amigos Di, Banha e mais um irmão. Carlos jogava bola num campinho de tanino, no lado direito da Ramiro, em frente à casa do Milton Vargas.
Oscar informa que o Di e o Banha ainda estão vivos e o outro irmão, que era magrinho, chamava-se Elton e já faleceu. Outro irmão caiu no rio com um Fusca e também morreu.
A casa do Rigon ficava em frente ao campinho de tanino, que tinha goleiras feitas de taquara.
Carlo Roese lembra que, certa vez, numa festinha de aniversário na casa do Di, foi que ele comeu uma azeitona pela primeira vez. Quase quebrou um dente, pois não sabia que dentro da azeitona existe um caroço. Lembra também que era uma festa quando eles tinham uma bola nova, da marca Cauduro. para jogar e que no verão, quando suavam, o pó do tanino grudava no corpo e a pela ficava escura. Só ao redor dos olhos ficava limpo.
Oscar Francisco de Oliveira lembrou que o nome do terceiro irmão do Di e do Banha se chamava Maurício. Foi esse que caiu no rio. Lembra também que, quando jovam no campinho de tanino, a sola dos pés ficavam pretas.
Romélio Alves de Oliveira, que também foi funcionário do Frigorífico Renner informa que o prédio do Frigorífico Renner (hoje um esqueleto em vias de ser implodido) foi construído em 1947.
Adroaldo Artur Almeida lembra que, anos depois de ser feita essa foto, foi implantado um campinho de futebol de sete chamado Beira Rio. Ele ficava antes da primeira casa que aparece, nesta foto, no lado direito da Ramiro.
Oscar Francisco Paes de Oliveira, lembra do tempo em que jogavam no campinho de tanino e quebravam muito vidro de janela com boladas. Diz ele que haviam dois bares naquela esquina, o Navegantes, da dona Mazilda e o Continental, do seu Olípio. O movimento nesses bares era grande pois, na época, o frigorífico tinha cerca de 800 funcionários.
Carlos Roese comentou que os jogos no campinho de futebol sete atraiam grande público sendo, na sua maioria, funcionários do Renner e vizinhos.
Romélio conta que chegou a jogar naquele campinho de tanino (misturado com terra) e que era bom jogar naquele piso.

Foto do acervo de Romélio Oliveira

Um comentário:

  1. parabens sr,renato,pelo belo relato feito desta foto..cada vez mostra a capacida deste jornalista competente,sempre elevando seu blog historias dp vale do cai;romelio a.de oliveira

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