domingo, 4 de fevereiro de 2018

5279 - Segunda investida dos "bandeirantes" contra os índios

O arroio Salvador foi transposto pelos montenegrinos que se armaram
para perseguir os índios que atacavam suas propriedades e familias



Como os índios ainda faziam estragos e provocavam medo nos colonos, lá pelo ano de 1834, moradores da Costa da Serra mobilizaram-se novamente para expulsar os índios das proximidades de suas terras e casas.
Desta vez contaram com a ajuda de um reconhecido preador (aquele que prende, escravísa) chamado Manoel José de Simas, que era militar com a patente de coronel e com outro conhecido desbravador das selvas serranas chamado Domingos da Serra.
Depois de vários dias de penosa subida da serra, em meio à selva fechada, chegaram ao topo da serra, onde encontraram grandes pinhais e sinais da presença de índios no local. Chegaram a encontrar, e cercar, o acampamento dos bugres. 
Poderia haver um massacre, mas um dos componentes pisou num bambu caído no solo e provocou um estalido. Isso foi o suficiente para que os índios saíssem em fuga, restando apenas algumas mulheres índias, que foram capturadas pelos bandeirantes montenegrinos.
Depois disso os desbravadores retornaram a Montenegro e, no caminho, notaram que índios os acompanhavam, escondidos no interior da mata. Talvez preocupados com as índias que foram levadas presas pelos membros da expedição.
No caminho de retorno foram encontradas pedras coloridas que Manoel José de Simas, depois, levou a ourivesaria de um amigo seu em Porto Alegre. O ourives disse que as pedras eram de grande valor. Mas Simas não voltou mais a serra para buscá-las. No ano de 1835 começou a Guerra dos Farrapos e ele foi convocado para participar da revolução que durou dez anos.

Texto extraído do livro Montenegro, de José Cândido de Campos Netto


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