Adão Nunes teve uma vida tão longa quanto proveitosa. Falecido no último domingo, aos 101 anos de idade, ele teve participação importante na realização de várias das mais importantes obras realizadas no Brasil.
Seu Adão nasceu no Caí, no dia 23 de julho de 1909. Mais exatamente, na localidade de Angico, hoje um arrabalde da cidade.
Seus pais, Osório e Carolina de Souza Nunes, eram simples agricultores, na mesma localidade de Angico e tiveram 12 filhos, sendo Adão o mais jovem dos filhos homens.
Criou-se trabalhando na roça, com o pai, e era um rapaz muito forte e inteligente. Costumava tomar banho no arroio Cadeia, que era mais profundo naquela época, devido à existência da Barragem Rio Branco, no rio Caí.
Então, quando o governo estadual realizava um obra no Caí (talvez a ponte de ferro do Cadeia, em 1931, ou a estrada Júlio de Castilhos - atual RS-122 - uma década depois) ele foi contratado para trabalhar na obra.
Aconteceu, então, que um engenheiro que dirigia os trabalhos caiu no arroio Cadeia e estava se afogando. Adão jogou-se na água e conseguiu salvá-lo da morte.
Depois disto, talvez até pela gratidão do engenheiro, seu Adão passou a trabalhar em obras que o DAER (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem, criado em 1937) realizava no estado.
Então ele mostrou o seu valor. Mesmo sem muito estudo, Adão se destacou nas obras pela sua competência.
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