Na década de 1940 o Caí era uma cidade movimentada. Não havia ainda estrada asfaltada para Porto Alegre mas, mesmo sem pavimentação, a estrada Júlio de Castilhos era considerada uma das mais importantes do estado. E havia ainda o porto fluvial no rio Caí. Até aquela época, a barragem Rio Branco (situada no Pareci) era mantida em funcionamento e dragagens eram feitas periodicamente no rio para mantê-lo com boas condições de navegabilidade até a cidade. Graças à barragem, barcos grandes conseguiam chegar ao Caí sem dificuldades, mesmo no verão.
Não mais a cavalo, como foi antigamente, os caixeiros viajantes chegavam à cidade com seus mostruários de produtos e precisavam pernoitar na cidade, pois as viagens (nas condições da época) eram muito demoradas. Para ir do Caí a Porto Alegre, naquela hora, levava muitas horas.
Por isso existiram vários hotéis na cidade por esta época.
O principal deles foi o Hotel Schneider, cujo prédio ainda existe hoje. É o da Farmácia Ideal, na esquina das ruas Marechal Deodoro com Pinheiro Machado. Como se pode ver ainda na inscrição existente na fachada do prédio, ele foi construído em 1936 (?). Ele era muito movimentado. Contava com um grande salão e cozinha no andar térreo, onde funcionava o restaurante. Os quartos ficavam no segundo piso.
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