Clóvis Assmann com o irmão César e as sete irmãs (da esquerda para a direita e pelo alto): Sueli Benkenstein, Iraci Braun e Irani Carrard. Na parte debaixo: Juracy Saraiva, Clóvis Assmann, Ana Maria da Rosa, Cesar Assmann, Cristina Assmann, Ivani Hartmann.
De muitas viagens pelo Brasil e pelo Mundo, Clóvis não esconde a emoção de visitar a África. “Lá se aprende o total desapego aos bens materiais. Eles vivem com cinco dólares por mês e não reclamam de quase nada”, diz Clóvis Assmann, lembrando das dificuldades daquele povo sofrido. “Aquilo é o antagônico de tudo o que é pintado como bonito. É simplesmente miserável, que mostra a falta de humanidade do mundo que vivemos”, conta.
A exemplo do pai, os filhos Letícia e Emanuel também são cidadãos do mundo. A família reunida é fato raro, pois Letícia mora nos Estados Unidos onde se formou e está fazendo doutorado. Emanuel, formado em administração e gastronomia internacional, se realiza rodando o planeta, conhecendo lugares inimagináveis e contando histórias tão fantásticas quanto às do pai.
“Quando completei 40 anos de trabalho decidi pôr em prática um propósito que fiz aos 16 anos de idade. Vou para onde o meu nariz quiser me levar e não onde as outras pessoas quiserem que eu vá. Tô com quase 60, não sei quantos anos de sobrevida ainda terei”, afirma Clóvis, em meio as histórias de viagens.
Em uma recente viagem aos Estados Unidos, para visitar a filha, Clóvis atendeu ao pedido do músico Xandi Gonçalves, trazendo para ele um violão. “Isso é como comprar uma gravata para alguém. O que é bom para mim pode não ser do agrado do outro”, lembra Clóvis, dizendo que, com o violão em mãos, tocou alguns acordes, para que Xandi ouvisse aqui no Brasil. “Ele me trouxe o melhor violão do mundo. Além de ser um grande músico ele é um baita amigo. Tenho uma imensa admiração por Clóvis Assmann”, diz Xandi, falando do prazer de tocar violão, algumas vezes, acompanhado de Clóvis.
Em meio a entrevista surge na casa de Clóvis a advogada Raquel Schneider, que é amiga do casal, e de supetão foi questionada: Quem é Clóvis Assmann?
Sem grandes rodeios ela respondeu, já com as lágrimas escorrendo da face. “Difícil falar dessa figurinha”. Mas foi se apropriando das palavras de sua filha, que Raquel ousou definir Clóvis. “Minha filha (Letícia) diz, e tenho que concordar com ela. O ‘tio’ Clóvis é a pessoa mais inteligente que conheço”.
Homem de tantas viagens e histórias, Clóvis, ficou sem ação quanto à referência, e logo tratou de mudar de assunto, afinal, se julga alguém que ainda tem muito a aprender e, jamais, aceitaria o título de “um homem muito inteligente”.
“Não é de graça que me emociono ao falar dele”, diz Raquel completando. “Nunca tive a grande honra de trabalhar com o Clóvis. Seria um imenso prazer”.
A advogada, ainda falando da relação de sua filha Letícia, com o “tio Clóvis”, sorri ao dizer: “Quando a Letícia tem alguma dúvida não recorre a mim que sou a mãe ou ao pai. Sempre quer ouvir ao tio Clóvis”, frisa finalizando com eloquente admiração.
“O Clóvis é aquele amigo de todos que, como poucos, sabe extrair o que há de melhor na vida”, cita Toninho Schmitz, empresário, presidente da Acisfe e amigo de Clóvis há mais de duas décadas.
“Clóvis Assmann é o meu espelho! Antes de tomar alguma decisão importante sempre penso como ele faria ou o que ele pensaria... Eu posso dizer com muito orgulho que meu pai é um exemplo a ser seguido. Eu o admiro não só por ser meu pai, mas também pelo grande homem que ele é. Com ele aprendi os valores da vida: a ter carinho e respeitar as pessoas, indiferente de sua posição. Com ele aprendi a andar com a cabeça erguida e não ter medo de lutar pelos meus ideais. Agradeço a ele por me amar e sempre se esforçar para me ver feliz”, afirma a filha Letícia Assmann, que há 12 anos vive longe de Feliz, mas não perde os laços de amor eterno com os pais.
Esta admiração que os amigos expressam é também uma espécie de “inveja boa” já que todos queriam ser um pouco “Clóvis Assmann”. (texto de Alex Steffen)
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