imagem meramente ilustrativa
No ano de 1975, centenas de pessoas viram um objeto voador não identificado, em Harmonia
A existência de vida inteligente fora do planeta Terra é muito comentada, havendo as mais diversas teorias quanto a isso. Todavia, o assunto pouquíssimas vezes se relaciona com o Vale do Caí. Mas um episódio, ocorrido em 7 de dezembro de 1975, fez de Harmonia o centro das atenções dos ufólogos brasileiros.
E não se trata de um episódio idealizado por apenas uma pessoa, afinal, dezenas de moradores de Harmonia dizem ter visto o fenômeno no céu. Poucas semanas depois do ocorrido, em janeiro de 1976, o jornal Folha da Manhã – que pertencia ao grupo Caldas Júnior, o mesmo do Correio do Povo – publicou uma grande reportagem, ilustrada, com imagens captadas por João Bertholdo Rambo, que morava em Harmonia. A história do Objeto Voador Não Identificado (OVNI) se tornou atração em todo o Estado, fazendo com que o pequeno vilarejo fosse a capital da ufologia no Rio Grande do Sul.
Segundo Pio Rambo, que é radialista e técnico em eletrônica, naquele distante 1975, a vida fora da Terra era muito comentada. Afinal, vivia-se ainda os efeitos da chegada do homem à lua, em 1969, e a emocionante disputa espacial entre russos e americanos. E assim, na noite de 7 de dezembro de 1975, um domingo, as pessoas se depararam com um espetáculo estranho nos céus.
“Naquela década, as pessoas, em especial, os jovens, se ocupavam nas noites límpidas a singrarem os céus à cata de asteróides, satélites e OVNI’s. Afinal, o homem dera seu primeiro passo fora da Terra e isto mexia com a imaginação de todos. Assim como o homem pusera seus pés fora da terra, algum alienígena poderia ter posto seus pés aqui no nosso planeta. Comigo não era diferente. Apaixonado por astronomia, sabia o nome de muitas constelações e estrelas, mapeando mentalmente o céu. Sabia diferenciar perfeitamente estrelas de planetas porque as estrelas cintilavam e os planetas não. A noite estava nublada, não se divisava estrelas ou planetas no breu daquela noite”, cita Pio Rambo, fazendo menção a sequência de fatos que ali se iniciava.
Pio estava dentro de casa, com os familiares, assistindo um programa de TV – ele acredita que se tratava do Fantástico, da Rede Globo – quando alguém, do lado de fora, chamou.
- Vem! Vem ver. Tem uma estrela fazendo piruetas no céu.
Pio saiu e viu que era um vizinho seu apontando para a direção do bar Bang-Bang, no centro da cidade, onde as pessoas estavam olhando ao céu. Ninguém sabia exatamente do que se tratava, mas o espetáculo de luzes no céu era diferente de qualquer coisa já visto ali.
“Quando chegamos junto da multidão, mal pude acreditar no que estava vendo: era um objeto muito luminoso, do tamanho de duas Vênus, desenhando figuras geométricas no céu com seu andar desenvolto e sincronizado. Parecia uma bola de golfe luminosa perdida no céu procurando algum lugar para sumir”, lembra Pio.
“Meu pai veio logo em seguida, máquina em punho, mirando aquela luz fascinante e amedrontadora para captar dela o que fosse possível. clic, clic, clic, clic, clic. Ele tirou míseras cinco fotografias, onde em duas apareceu, de leve, a fuselagem da nave mãe. Depois ficaríamos sabendo que as luzes no céu são somente pequenas naves exploratórias, enquanto a nave mãe enorme, quilométrica, fica sem iluminação, no escuro, esperando as naves exploratórias voltarem. Até deu para ver que em sua fuselagem tinha escritos em letras desconhecidas e que aquilo tudo era parte de uma verdadeira missão intergaláctica”, afirma Rambo.
Na época o assédio por conta do fato fez com que a família Rambo não tivesse grande sossego. E Pio, acabou eliminando as suas fotos. As que seu pai tinha em casa acabaram queimando em um princípio de incêndio. Isso quer dizer que não há prova alguma do ocorrido? Não, existe sim, pois a publicação do jornal em janeiro de 1976, tem os registros fotográficos do assunto.
“Hoje, se vou pensar para trás, lembro com felicidade que fui premiado com esta visão e mais uma, 20 anos após, onde pude comprovar que OVNI’s realmente existem. Quem não acredita, é porque nunca viu”, diz Pio Rambo, lembrando com emoção o seu pai, falecido em 2003. Os anos se passam, mas o radialista caiense não esquece do dia em que avistou as naves espaciais.
E não foi apenas Pio que viu as naves e delas recorda.
“Hoje, se vou pensar para trás, lembro com felicidade que fui premiado com esta visão e mais uma, 20 anos após, onde pude comprovar que OVNI’s realmente existem. Quem não acredita, é porque nunca viu”, diz Pio Rambo, lembrando com emoção o seu pai, falecido em 2003. Os anos se passam, mas o radialista caiense não esquece do dia em que avistou as naves espaciais.
E não foi apenas Pio que viu as naves e delas recorda.
Segundo o relato apresentado nos jornais da época, cerca de 200 pessoas passaram a acompanhar o sobrevôo, a partir das 21h30, daquele sete de dezembro. Alguns moradores de Harmonia, mais tementes a Deus, chegaram a dizer que era aparição de algum santo, ou até da Virgem Maria, afinal, no dia 8 comemora-se a véspera de Nossa Senhora da Conceição. Mas esta hipósete foi descartada pelo padre Mallmann, então pároco de Harmonia.
O então deputado Arlindo Kunzler diz ter estado na Harmonia naquela noite, e também vislumbrou as imagens. Uma vez da posse das fotos feitas por Rambo, o legislador levou as imagens à grande mídia, inclusive sendo publicada em uma revista em Brasília. Na época do ocorrido, peritos foram consultados, mas sob alegação de falta de equipamentos técnicos não deram o seu veredicto definitivo. “No começo pensei que fosse algo da aeronáutica, depois vi que não era nada disso”, destacou o então deputado.
O empresário harmoniense, Jorge Antônio Fink, então com 10 anos de idade, foi entrevistado pela equipe do Jornal Folha da Manhã. Então menino, Jorge Fink, disse ter visto as luzes no céu e ainda declarou: “Foi muito bonito o que vi e gostaria de ter dado uma voltinha com eles também”. Ninguém foi abduzido, mas é certo que as cenas vistas não se trataram de um devaneio coletivo. Algo diferente estava no céu de Harmonia naquela noite, procurando não se sabe o que, e por não se saber o que era, pode-se afirmar, sem dúvida alguma, se tratar de um Objeto Voador Não Identificado.
Texto de Alex Steffen
Texto de Alex Steffen
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