domingo, 13 de março de 2011

1148 - Controle da natalidade

Gabriel Schlatter, fundador do Hospital Schlatter, da Feliz, difundiu técnicas que diminuiram a mortalidade nos partos 
O número de alemães que imigraram para o Rio Grande do Sul não está bem determinado. Segundo a Wikipédia, foram 30 mil até 1854, na fase mais intensa da imigração. Depois a vinda de colonos diminuiu atenuou-se, mas não deixou de ocorrer. Pessoas como Adolfo Oderich, Theodor Amstad, Gabriel Schlatter e Miguel Menz são exemplo disso. Esses, de modo geral, eram pessoas cultas, que gozavam, por isso de grande respeito na sociedade e trouxeram enorme contribuição para o desenvolvimento da colônia alemã.
Talvez, ao todo, 35 a 40 mil pessoas imigraram da Alemanha para o estado. Hoje, seus descendentes se contam em milhões e estão espalhados por todo o Brasil e países vizinhos.
E a multiplicação teria sido muito maior se não fosse o elevado número de mortes em conseqüência do parto: tanto dos bebês quanto das mães.
Gabriel Schlatter chegou em 1998. Era austríaco e formado em medicina. Conhecia o trabalho do médico Ignaz Semmelweis, húngaro, professor da Univerdidade de Viena. Semmelweis produziu enorme progresso na obstetrícia ao descobrir que a principal causa da febre puerperal (doença que matava as mulheres após o parto) se devia à falta de higiene dos médicos que faziam exames nas mulheres sem a preocupação de, sequer, lavar suas mãos. Para combater este mal, o doutor Schlatter ensinava as parteiras a tomar todos os cuidados com a higiene ao lidar com as parturientes. Ele realizar cursos de capacitação para parteiras, formando muitas proficionais competentes. Diminuiu, assim, o indice de mortalidade na região colonial.
A fertilidade das antigas famílias alemãs se deve ao fato de que elas não conheciam métodos eficazes de controle da natalidade. As mulheres engravidavam praticamente uma vez por ano. Era comum um casal ter 10 a 12 filhos e, em alguns casos, eles passavam de 20.
O recurso mais usado pelas mulheres para evitar o nascimento de tantos filhos era a raspagem no útero. Ou seja, a retirada do feto, que era feita por uma parteira. Procedimento que, hoje, é considerado intoleravelmente cruel. Mais aceitável é a lavagem, na qual a mulher injetava água dentro do útero (usando uma mangueirinha) pouco depois do ato sexual. Não conhecemos pesquisas sobre o assunto, mas este método deve ter sido utilizado em épocas mais recentes (em torno das décadas de 1950 e 60) por mulheres mais esclarecidas. Elas usavam a mangueira do chuveiro, conforto que poucos dispunham em épocas mais remotas. As pílulas anticoncepcionais surgiram só na década de 1960 e se difundiram a partir da década de 1970, apesar de forte reação da Igreja Católica).
Juntamente com a pílula anticoncepcional difundiu-se o uso da camisinha. Elas já existiam em épocas mais remotas, sendo feitas com tripas de animais. Mas a sua popularização só ocorreu com a fabricação das camisinhas com latex (borracha), inventadas em 1880 só se popularizaram em meados do século XX.

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