A estagnação caiense, que perdurou pela maior parte do século XX, só foi terminar na última década do mesmo século. Mas o esforço para isso começou antes.
No seu terceiro mandato como prefeito caiense, o médico Bruno Cassel (Doutor Cassel), resolveu atrair novas empresas para o município. Era a época da ditadura militar e do milagre brasileiro. O Brasil crescia como nunca e atraía investimentos do exterior, além de animar os empresários brasileiros.
O doutor conseguiu atrair várias empresas, inclusive uma original da França: a Eran. Uma empresa de calçados.
A Eran, capitaneada pelo franco/tunisiano Antônio Haddad e pelo caiense Zenon Koch da Silva, cresceu e fez bastante sucesso. Treinou mão de obra, começando a indústria do calçado no Caí. Mas vieram problemas e a fábrica foi vendida para o grupo empresarial gaúcho Vachi. Depois, já em meados da década de 1980, a fábrica foi novamente vendida. Agora para o grupo Azaléia.
Esta empresa teve um desenvolvimento extraordinário e, ao longo de 20 anos de operação no Caí, contribuiu enormemente para o desenvolvimento do município. Ela aumentou a renda da população, estimulou o comércio e todas as demais formas de prestação de serviços e deu grande retorno de impostos para a prefeitura. Com isso o Caí deu um salto. No final da década de 1990 era o município da região com maior renda per capita.
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