O Caí no início do século XX: cidade pequena, porém riquíssima (Clique sobre a foto para ver melhor) |
O movimento era tanto e a riqueza gerada na região tão grande que o governo investiu pesado na abertura de estradas que ligavam o Caí e Montenegro à serra e, também, na melhoria de condições para a navegação no rio Caí. Foi construída, até, uma barragem (na localidade de Pareci) que foi a primeira do país com eclusa (o mecanismo que permite aos barcos passarem pela barragem. Com isso o nível do rio ficou mais alto, permitindo a navegação franca até o porto do Caí. A barragem foi concluída em 1906, permitindo o acesso de grandes barcos até a cidade, mesmo nas épocas de menos volume de água no rio.
O movimento no porto era intenso. Grandes barcos a vapor subiam e desciam o rio diariamente, no percurso de Porto Alegre ao Cai, que levava perto de 12 horas (uma maravilha para a época). Estes barcos, além de transportar pessoas (com muito conforto) levavam também cargas. Cargas que, geralmente eram transportadas em chatas (sem motor) que eram rebocadas pelos barcos.
O movimento comercial era tão intenso que o Caí foi uma das primeiras cidades do estado a ser contemplada - no final do século XIX - com uma linha de telégrafo.
Grandes fortunas foram acumuladas por comerciantes caienses naquela época. Surgiram, então, no Caí, grandes talentos empreendedores como A J Renner e Frederico Mentz que vieram a figurar entre os maiores empresários gaúchos da primeira metade do século XX. E não só eles: os Ritter e Trein também acumularam grandes fortunas e, a partir da sua atividade comercial no Caí, desenvolveram negócios de grande destaque no estado.
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