O armazém de Adolfo Edmundo Griebeler foi, por várias décadas, um dos principais estabelecimentos comerciais de Montenegro |
Recentemente, foi tombado. E não é de estranhar-se, pois é antiguíssimo: foi fundado em 1897. Ele pertenceu primeiro ao comerciante Bernardo Griebler, que era um dos mais antigos moradores de Montenegro, tendo chegado à cidade em 1870. Edmundo era seu filho e herdeiro.
Conforme informa Elisa Moojen Arpini, no livro Traços Biográficos, Bernardo nasceu na localidade de Santa Josefa, em Santa Cruz do Sul, filho dos imigrantes alemães, em 11 de novembro de 1863. Quando ele tinha sete anos de idade, sua família mudou-se para Montenegro. Começou sua vida empresarial com uma sapataria. No tempo que as sapatarias não revendiam sapatos. Elas os faziam, a mão, de acordo com as medidas do freguês.
Teve uma longa vida, muito participativa. Ele era inspetor de quarteirão e, por isso, cabia a ele solucionar problemas e desavenças que ocorressem no seu setor da cidade. Foi o mais jovem sócio fundador do Clube Riograndense e, também, o último deles a morrer. Faleceu, em Montenegro, no ano de 1947, aos 84 anos de idade.
Por ser o ponto mais movimentado de Montenegro, um cinema da época usava aquela esquina para colocar um cartaz anunciando o filme que estava exibindo: um filme sonoro e produzido pela já prestigiosa empresa norteamericana Paramount. Em meados da década de 1920, Montenegro tinha dois cinemas. A Paramount, embora tenha sido fundada em 1912, só passou a ser conhecida por esse nome em 1925.
Havia, do outro lado da rua, a loja de Miguel Alfredo Griebeler, também de esquina. Esse prédio foi demolido para a construção da praça Rui Barbosa.
Fotos do acervo de Romélio Oliveira
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