O secretário estadual de Infraestrutura João Mattos, comunicou que o Departamento Aeroportuário (DAP) optou por alterar o local do supeaeroporto internacional da região metropolitana de Porto Alegre. Isso é necessário para que as suas rotas de pouso e decolagem não conflitem com as do Aeroporto Salgado Filho e da Base Aérea de Canoas.
A área de dois mil e cem hectares destinada à construção do superaeroporto ficará totalmente localizada no município de Portão. Antes previa-se que ficasse parte em Portão e parte em Nova Santa Rita.
A prefeitura de Portão está muito entusiasmada com o projeto e, em menos de um mês, irá realizar o levantamento das propriedades localizadas na área do novo aeroporto, para que elas sejam declaradas de utilidade pública e seja providenciada a sua desapropriação. Prontamente será alterado, também, o plano diretor do município, já prevendo a nova localização do aeroporto.
O futuro aeroporto, que vem sendo chamado de 20 de Setembro, terá capacidade para operar com os maiores aviões do mundo, sendo um dos poucos no continente com tal característica. Sua construção, entretanto, deverá demorar de dez a quinze anos. É inviável a ampliação do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, devido às áreas no seu entorno já estarem intensamente ocupadas.
Operando com aviões muito grandes, o novo aeroporto proporcionará vôos mais econômicos, tanto para o transporte de passageiros como para o de cargas. Isso viabilizará a implantação de empresas industriais e logísticas nas áreas do seu entorno, gerando grande progresso na região.
O novo aeroporto ficará a 50 quilômetros (em linha reta) de Porto Alegre, mas será rapidamente alcançado pelos portoalegrenses, graças à rodovia BR-448, que será estendida até lá.
Ficará muito mais próximo, porém, das cidades do Vale do Caí. Portão ficará encostado ao aeroporto. Capela de Santana a quatro ou cinco; Caí a 14 e Montenegro a 15 quilômetros, em linha reta. Por estrada, não será muito mais, pois o terreno na região é plano e as novas estradas de acesso que serão construídas poderão ser bastante retilíneas.
A construção de uma nova ligação entre o Caí e o Aeroporto deverá receber particular atenção das autoridades porque ela beneficiará grande parte do Vale do Caí (Feliz, Bom Princípio) e, principalmente a região serrana (Caxias e Bento), além do polo turístico de Gramado e Canela.
Essa última região poderá ter acesso ao aeroporto através de Nova Petrópolis, Linha Nova, São José do Hortêncio e Caí.
O turismo também terá grande incremento com a construção do novo aeroporto, no qual pousarão aviões para 800 passageiros. E até maiores, que existirão até a conclusão da obra.
Projeto aumenta competividade das empresas gaúchas
O Rio Grande do Sul sofre um prejuízo de R$ 3,4 bilhões por ano pelo fato de não ter um aeroporto em condições de operar com grandes aviões cargueiros. Este cálculo, feito pela FIERGS, fortalece a necessidade da construção do novo aeroporto do Portão.
Isso se deve ao custo que as empresas gaúchas têm ao levar suas mercadorias em caminhões até São Paulo, para lá embarcar as cargas em grandes aviões cargueiros.
O custo do futuro aeroporto do Portão será de R$ 1,0 bilhão. Portanto, se trata de um investimento muito viável. Ele terá capacidade de atender 25 milhões de passageiros por ano. E a sua construção não é tão difícil porque poderá ser feita através de uma parceria público privada.
A construção do novo aeroporto não fará com que o Salgado Filho se torne inútil. Ele servirá para vôos nacionais e regionais e mesmo para algumas linhas internacionais. O mesmo acontece em São Paulo, onde existem dois aeroportos: o de Congonhas e o de Guarulhos.
Matéria publicada no jornal Fato Novo em 1º de fevereiro de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário