quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

3644 - Aprendendo a voar em tempo record

Egon Schaeffer na desagradável cerimônia do banho de óleo

Avião alçando vôo para um treinamento inesquecível





Egon Schaeffer foi o aluno de Egidio Flach (1) a completar o curso de pilotagem com o menor número horas de vôo: apenas 20 horas.  
Marca que nenhum outro brevetado (2) brasileiro já alcançou. 
Foi um record que Egon credita ao inesquecível  treinador Egidio Flach, por sua capacidade extraordinária de ensinar e persistir.
Egídio era instrutor do aeroclube de Santo Ângelo, e foi considerado o maior formador de pilotos do Brasil. 
Na foto, o homem de terno escuro,  à esquerda, era o vice prefeito de Santo Ângelo.
A outra foto mostra Egon A.Schaeffer e Egidio levantando vôo num treinamento que Egon jamais irá  esquecer.
Depois da decolagem, Egídio falou despreocupadamente:
- Siga  para o norte. 
- E aquelas nuvens? - Egon perguntou.
- Siga em frente - confirmou o instrutor.
Voando depois sob intensa chuva, Egidio apontou para uma estrada embarrada, porém reta, e disse para Egon simular uma pane (desligando o motor) e planar para descer nela. 
Quando foi chegando perto de aterrissar, Egon achou que o instrutor mandaria arremeter (subir com o avião, deixando de aterrissar). Puro engano; e Egon, não tendo mais como recuar,  desceu em plena estrada, com chuva. Deu tudo certo.
Egidio elogiou Egon e disse que um aluno recordista com menos de 20 horas, teria que aprender tudo.
Em seguida, Egon teve de levantar vôo naquela estrada precárria e seguiram para Cerro Largo. Lá ele desceu num campo que ficava nos fundos da casa dos pais de Egidio.
Na ocasião, Egon conversou com Pio Flach, que fora seu colega no ginásio e era diretor da rádio daquela cidade. Conversou também com os pais de Egídio, que conheciam Edmundo Schaeffer que, como viajante, visitava aquela localidade. 
Pio tinha uma imensa coleção de música sertaneja em 78 rotações. 
A volta para Santo Ângelo foi sob chuva intensa. Para Egon uma aventura, para Egídio Flach um vôo de rotina,
Egon, mesmo recebendo convite da Varig, não seguiu a carreira de piloto. Ele fez o curso apenas porque era um aforma  mais rápida de cumprir o seu dever de preparação militar. Tornou-se piloto da reserva e, caso ocorresse uma guerra, seria convocado. Felizmente, isso nunca aconteceu.

(1) Egídio era instrutor do aeroclube de Santo Ângelo, considerado o maior formador de pilotos do Brasil. Faleceu aos 92 anos, de doença.

Fotos do acervo de Egon Schaffer

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