quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

3646 - Luciano Benedetti - "Eu apertei a mão de Hitler"

Ao inspecionar tropas na campanha contra a Rússia, Hitler cumprimentou
o caiense Luciano Benedetti


Com a Itália derrotada e empobrecida, Luciano, mesmo tendo estudado em escola técnica e sendo entendido em solda, não tinha boas oportunidades de emprego e decidiu emigrar. Esteve a ponto de  ir para o Quênia, mas aquele país africano passava por uma revolução e tinha-se notícias de muitos  estrangeiros serem mortos.  Por isso, acabou vindo para o Brasil, onde chegou no dia 12 de outubro de 1953.
Esteve em Minas Gerais, mas  não se adaptou ao clima, por ser muito  quente. Por isso procurou vir mais para o sul. Em Santa Maria e depois em Porto Alegre, trabalhou em diversas indústrias e na CEEE.
Casou-se, em 1957, com ilda Tchiedel, que é dentista e acabou vindo morar no Caí, quando sua esposa foi transferida para cá. Aqui, o casal encontra-se residindo desde novembro de 1961. Desde então Benedetti tem trabalhado na oficina de solda que preserva ainda hoje, junto à sua residência.
Dos seus tempos de participação na guerra, ele não guarda saudades, mas sente certo orgulho de haver testemunhado momentos  importantes da história mundial. Assim, não é sem uma certa vaidade que conta ter, certa vez, recebido o aperto de mão do próprio Hitler, que inspecionava as tropas às quais ele estava engajado.

Matéria publicada pelo jornal Fato Novo no dia 9 de fevereiro de 1984

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