quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

3647 - Luciano Benedetti: depois da guerra, nem a mãe o reconheceu

Tendo participado da campanha contra a Rússia, na Segunda Guerra  
Mundial, Benedetti foi cumprimentado por  Adolf Hitler
Chegar à Alemanha não foi o fim do sofrimento para Luciano. Conta ele que, como havia perdido os documentos, acabou sendo preso num campo de concentração por terem imaginado que ele era judeu. Foi preso no campo de Zacau, onde esteve perto de ser eliminado nos fornos crematórios. Foi salvo porque houve um bombardeio que destruiu o campo. Por sorte, ele escapou também do bombardeio. Durante  a sua permanência no campo de concentração, sofreu grandes suplícios, inclusive o da fome. Emagreceu a ponto de pesar apenas 26 quilos.
Viu tanta crueldade que chegou a descrer da existência de Deus.
Finalmente, ele conseguiu libertar-se do campo quando um oficial alemão, que havia participado com ele na campanha da Rússia, o reconheceu e intercedeu por ele. Foram lhe concedidos, então, novos documenttos e Luciano conseguiu, assim, retornar à sua terra. Sua mãe, quando o viu retornar ao lar, custou a reconhecê-lo, tamanhas foram  as transformações que as privações haviam provocado no seu corpo. Foram necessários três anos de tratamento médico para que ele recuperasse a saúde e, mesmo assim, ele carrega até hoje problemas advindos da sua participação na guerra.

Matéria publicada pelo jornal Fato Novo em 9 de fevereiro de 1984

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