Logo depois de eleito, no final de 1992, Hilário fez uma viagem de dez dias pelo oeste de Santa Catarina e do Paraná. Foi lá conhecer o regime de produção integrada que vigorava com grande sucesso envolvendo empresas como a Sadia e a Perdigão e os agricultores daquela região. Voltou entusiasmado e cheio de idéias quanto ao modo de implantar um novo programa de desenvolvimento para o município baseado neste sistema.
Nos primeiros meses do seu novo governo, Hilário lançou um programa para o qual foram convidados todos os produtores rurais de Tupandi. Todos que quisessem poderiam construir um aviário ou uma pocilga (criadouro de suínos) na sua propriedade, com ajuda da prefeitura. A prefeitura forneceria, a qualquer um que se interessasse em participar, 12 mil telhas e a terraplenagem do terreno. Conseguiu que as empresas interessadas na compra da produção (Frangosul e Avipal) oferecessem financiamento para que estes produtores pudessem construir os aviários e comprar os equipamentos necessários. Desta forma, em apenas dois anos foram implantados 198 aviários e pocilgas em Tupandi. Um número assombroso, considerando-se que o município tem apenas 3.000 habitantes, ou seja, cerca de 600 famílias e apenas uma parte delas vivendo no meio rural. Estas famílias, na sua grande maioria eram pobres. Mas, na época, havia menos exigência quanto às condições de um aviário e eles podiam ser construídos com custos relativamente baixos. Mesmo assim, só mesmo com o forte apoio da prefeitura e o entusiasmo de Hilário foi possível convencer tantos agricultores humildes e precavidos a fazer um investimento que, devido às suas modestas condições econômicas, era audacioso. Eles acreditaram e se deram bem. Nenhum destes produtores teve problemas com o financiamento e hoje suas famílias vivem num padrão econômico e social bem superior.
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