domingo, 9 de agosto de 2009

61 - Colonos expulsam os índios

Nas imediações da atual cidade de Pareci Novo, o fazendeiro José Ignácio Teixeira Jr tinha terras em ambas as margens do rio Caí. Na margem esquerda (perto do vilarejo de Capela de Santana, que já existia na época), as terras eram de campos, próprias para a criação de gado. Na margem direita elas eram cobertas por matas nativas. Nesta margem direita, as terras estendiam-se desde a foz do arroio Maratá até perto da foz do arroio Forromeco. Compreendiam, portanto, os territórios dos atuais municípios de Pareci Novo, Harmonia e Tupandi. Antes da colonização alemã eram terras de pouco valor, pois ninguém ali habitava. Nem mesmo os índios, por serem nômades, podiam ser considerados habitantes da região. Era um verdadeiro deserto. Um ou outro homem branco, com ou sem família, tinha sua casa junto ao rio Caí, como era o caso do fazendeiro Manuel dos Santos Borges, que estabeleceu-se num local próximo à atual cidade de São Sebastião do Caí em 1807. Por volta de 1820, o Ferromeco foi morar na margem direita do arroio que ganhou o seu nome. A ocupação da região de florestas do Vale do Caí progredia gradualmente, de forma lenta, no sentido da foz às nascentes. Sempre junto ao rio ou arroios.
Na medida em que as áreas oferecidas para a colonização nos lugares mais próximos ao rio Caí eram todas ocupadas, os colonos iam se estabelecendo em áreas um pouco mais afastadas. Mais distantes da civilização e mais entranhadas na selva. Lugares onde os colonos ficavam perigosamente sujeitos ao ataque dos índios. Assim, ainda no ano de 1857 o colono Nikolau Rempel, que morava na Picada de Alta Feliz, foi morto pelos bugres. Em conseqüência deste fato, o governo organizou uma patrulha constituída por colonos da região e liderada por Jakob Velter, com o objetivo de proteger os colonos contra o ataque dos selvagens. Em localidades como São Vendelino e também Bom Princípio, as comunidades dispunham de canhões que eram disparados para espantar os índios sempre que estes se aproximassem.

Um comentário:

  1. Caro Renato, terias alguma informação sobre os Brückmann? Chegaram em 1859

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