segunda-feira, 10 de agosto de 2009

82 - A descoberta das araucárias

Quando vieram tomar posse das terras que haviam adquirido, João Honoré e Augusto instalaram-se no mesmo local onde hoje está situada a cidade de Brochier. De início, eles construíram choças precárias que depois foram substituídas por duas boas casas construídas por eles mesmos com madeira extraída das matas locais. As duas casas, feitas com grossas tábuas de pinho, resistiram ao tempo, chegando praticamente inteiras até a década de 1990, quando foram demolidas. O historiador Antônio Carlos Fernandes da Rosa as visitou antes da demolição e escreveu sobre elas dizendo que as tábuas de que eram construídas resistiram à ação do tempo “provavelmente por provirem de pinheiros velhos, com muito cerne, e também por sua espessura de 5 centímetros ou mais”. Afirma também o doutor Rosa que “A ação do tempo se fez sentir na formação de estrias longitudinais na parte externa das tábuas, sem contudo provocar apodrecimento.” Note-se que os Brochier, mesmo dispondo de grande quantidade de madeiras de lei nas suas terras, escolheram a das araucárias para usar na construção das suas casas. Esta árvore tem o tronco reto e é boa de trabalhar, além de ser muito resistente, como prova a durabilidade das casas dos irmãos Brochier. As duas casas eram bem próximas uma da outra e estavam posicionadas em ângulo, o que provavelmente foi feito para possibilitar que, no caso de ataque dos índios ou outros agressores, os dois irmãos pudessem se ajudar na defesa. Da frente de qualquer uma das casas se avistava perfeitamente a frente da outra.

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