Mas os irmãos Brochier, mesmo se preparando para a luta, buscaram manter com os índios uma relação pacífica. Tendo descoberto a existência de um acampamento indígena nas imediações, eles trataram de comprar presentes para os selvagens na primeira viagem que fizeram a Porto Alegre. Ao voltarem, deixaram facas, garfos, colheres, colares e fitas coloridas, espelhos e outros objetos que, sabidamente, eram do gosto dos índios. Os irmãos Brochier deixaram estes presentes em galhos de árvores, junto à fonte onde os índios costumavam se abastecer de água. Escondidos por perto, os Brochier observaram as mulheres índias amarrarem seus cabelos com as fitas e se olharem nos espelhos e os homens pegarem os garfos e facas, fazendo gestos como se estivessem comendo. Vendo a alegria dos índios, os irmãos se apresentaram a eles fazendo gestos de paz e amizade. Os índios os receberam bem e os convidaram a ir até a taba, onde foram recepcionados e presenteados com alimentos. A partir de então, os índios e os Brochier passaram a fazer trocas comerciais e mantiveram uma boa e duradoura relação de amizade.
Histórias como esta foram guardadas pela tradição da família, passadas de pai para filho até serem registradas por historiadores como Campos Neto.
Outra história transmitida oralmente diz que o cacique da tribo, em certa ocasião, convidou João Honoré para uma caçada. Corajosamente, ele aceitou o convite e foi, sozinho, participar da caçada com os índios. Conquistou, assim, maior confiança e amizade com eles.
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