Muitos historiadores apontam as atitudes arbitrárias e perseguições aos mucker promovidas pelo delegado Lúcio Schreiner como causa importante dos acirramento de ânimos que viria a acontecer em seguida.
O conflito entre os mucker e seus desafetos começou a tornar-se grave na noite de 14 para 15 de junho de 1874. Na localidade de Fazenda Fialho, próxima a Lomba Grande, foi incendiada a casa do colono Martin Kassel, com o que morreram carbonizadas a mulher de Martin e quatro filhos. Os mucker foram apontados como autores do bárbaro crime.
Dez dias após foram incendiadas diversas casas na localidade de Sapiranga, entre as quais as dos colonos Jacob Schmidt, Carlos Brenner, Felipe Kley e Theodoro Balz. As informações sobre o episódio são um tanto contraditórias, mas consta que 13 casas foram incendiadas. Ao que tudo indica, houveram casos de casas queimadas pelos mucker, mas também é inegável que casas de famílias adeptas da seita mucker foram também queimadas. E estes casos foram, até, mais numerosos. Existiam maus elementos entre os colonos e alguns deles aproveitaram-se da ocasião para atacar as casas das famílias mucker, roubar-lhes os bens mais valiosos e depois queimar suas casas.
O próprio comandante das forças que o governo mandou para combater os mucker em seguida a estes incêndios, coronel Genuíno Olympio de Sampaio, constatou este fato. Num relatório sobre a campanha ele informou que vários incêndios estavam ocorrendo em casas dos seguidores da seita mucker e que, antes de incendiar as casas, os autores destes crimes bárbaros tratavam de roubar o que havia nelas.
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