segunda-feira, 24 de agosto de 2009

341 - Irmão Inácio cria uma grande empresa

Quando, em 1964, foi transferido para o Colégio Santo Inácio, em Salvador do Sul, o irmão Inácio assumiu a administração da cozinha daquele grande estabelecimento. E, como o colégio gastava bastante na compra de ovos e de carne, resolveu criar um aviário. Sua iniciativa contou com o apoio da administração do colégio e desenvoveu-se muito bem. Tão bem que, depois de algum tempo, passou a produzir muito mais do que o necessário para a alimentação dos alunos do colégio. A venda dos ovos tornou-se uma fonte de receita para ajudar a cobrir a manutenção do seminário.
Na época não havia ainda produção de ovos de granja no Rio Grande do Sul e os produtos do aviário criado pelo irmão Inácio John conquistaram o mercado de Porto Alegre, onde eram vendidos pelos grandes supermercados. Antes disto os ovos de granja que haviam para vender em Porto Alegre eram importados de São Paulo. O irmão tornou-se membro da Associação Gaúcha de Avicultura, reunindo-se semanalmente com outros produtores que, naquela época, eram os pioneiros da produção avícola tecnificada no estado. Com seus colegas da Associação Avícola, o irmão fez várias viagens para São Paulo, onde visitou as principais granjas produtoras de ovos, que pertenciam a imigrantes japoneses. E a granja do Colégio Santo Inácio foi a primeira no estado a adquirir uma máquina para selecionar os ovos pelo seu peso. Ela era importada do Japão e selecionava 3.000 ovos por hora. Muitos produtores gaúchos foram visitar a granja para conhecer novidades como esta e aprender as técnicas modernas de produção avícola. E o irmão Aloísio, da mesma forma como aprendeu com os japoneses paulistas, não se negava a transmitir o que sabia para os produtores que o visitavam. O empreendimento cresceu tanto que chegou a contar com 70 mil aves poedeiras e o lucro da atividade era muito grande, representando um recurso importante para o colégio. Por vinte anos a granja do Colégio Santo Inácio existiu, até que veio a sucumbir devido a uma verdadeira catástrofe.

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