No final de novembro de 1974, foi inaugurada no Caí uma Unidade Psiquiátrica dentro de um hospital geral, o Hospital Sagrada Família.
Para a época, tratava-se de uma grande inovação. Tanto que esta foi a primeira unidade deste tipo criada no Rio Grande do Sul e uma das primeiras do país.
Na época, um grupo de pessoas decidiu acreditar no sonho de um jovem médico, aceitar a sua proposta e tocar adiante um projeto que - para a época - era extremamente ousado.
O grupo era liderado por Antônio Kaspary, presidente da Sociedade União Popular, pelo doutor Bruno Cassel, então prefeito municipal, e pela irmã Maria Justina Schneider, diretora administrativa do hospital.
A criação da Unidade Psiquiátrica tornou possível proporcionar um tratamento mais digno e humano às pessoas portadoras de transtornos psiquiátricos. Evitou-se assim que os pacientes do Caí e da região tivessem de ser removidos para centros maiores, onde ficariam distantes de suas famílias. Nestes locais, certamente, os problemas emocionais destas pessoas seriam agravados, ao invés de resolvido. Ocorriam, na época, casos como os dos pacientes que só sabiam falar alemão e, nos hospitais da capital, não encontravam profissionais capazes de se comunicar com eles.
O doutor Ravardiere Gama foi o jovem médico que teve a inspiração de criar esta unidade e - depois de haver participado da cerimônia de beatificação de Madre Regina, no ano de 1999 - ele teve a percepção de que foi esta madre que lhe deu tal inspiração.
A Madre Regina Protman viveu há cerca de 500 anos, numa cidade alemã chamada Braunsberg, hoje pertencente à Polônia. Ela foi uma brava e dedicada mulher que se afastou do conforto e da segurança oferecidos pela sua família para viver uma vida de extrema pobreza, dedicando-se ao tratamento de doentes epilépticos e psiquiátricos.
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