A Salvador da Rosa não foi concedido o privilégio de receber terras junto ao Caí. Sua propriedade ficava mais afastada e era banhada pelo tal arroio Pinhalzinho. Com o tempo, já que Salvador morava às suas margens e navegava por ele, o arroio passou a ser conhecido como arroio do Salvador. E, mais tarde, recebeu o nome de arroio São Salvador, pelo qual é conhecido até hoje.
Segundo apurou Ruben Neis, Salvador Alves da Rosa nasceu em São Francisco de Paula de Cima da Serra (atual município de São Francisco de Paula, no nordeste do estado). Era filho de Inácio da Rosa e Maria Alves. Por volta de 1810 ele foi morar em Capela do Rio dos Sinos (atual Capela de Santana).
Ele ainda era rapaz quando fixou-se nas terras hoje pertencentes a Tupandi. E ali ele se dedicava a extrair madeira das matas para, com elas, confeccionar gamelas e canoas. O Vale do Caí dispunha, na época, de muita madeira boa (madeira de lei) e um bom número de pessoas veio se estabelecer por ali naquela época para extrair madeira das matas e depois levá-la para Porto Alegre, onde podia ser vendida por bom valor. O transporte era fácil, pelo rio Caí, que vai desaguar no estuário do Guaíba, bem perto da capital rio-grandense. Assim, durante o século XIX, muita madeira do Vale do Caí foi usada nas construções de Porto Alegre, que cresceu bastante naqueles anos. Sua população, que era de 3.927 habitantes em 1803, subiu para 6.111 em 1814, para 18.465 em 1858 e 34.183 em 1872.
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