Estevão José de Simas morreu na década de 1820 ou 1830 e a sua propriedade coube, por herança, aos filhos Manuel José, Felisberto José, Estêvão José e Bernarda Maria. Uma outra filha, chamada Cândida, deve ter morrido solteira, sem deixar descendentes.
A filha Bernarda Maria casou-se com Tristão José Fagundes em 1° de março de 1813, em Triunfo, mas depois de dar-lhe dois filhos (Bernardino e Eduardo) veio a falecer. Tristão Fagundes herdou do sogro Estevão José de Simas uma faixa de terras que incluía a casa de telhas. Ela começava na beira do rio (no local onde hoje existe o clube Caça e Pesca)) e corria pela encosta do morro São João para o interior, totalizando 551 hectares.
Na segunda metade da década de 1850, Tristão Fagundes promoveu um loteamento conseguindo vender um bom número de terrenos e, com isto, deflagrando a criação de Montenegro. Cidade que veio a desenvolver-se rapidamente e da qual ele pode ser considerado o fundador.
O loteamento foi bem desenhado, contando com três ruas retas que se estendiam desde o rio até as proximidades da casa de telhas (que situava-se onde hoje se encontra a Escola Delfina Dias Ferraz), nas proximidades da atual igreja matriz. Os lotes mediam 18,7 metros de frente por 33 de fundo. Eram, portanto, terrenos urbanos, muito pequenos para servirem ao uso agrícola. As três ruas principais do loteamento eram as mesmas que atualmente são conhecidas como Rua Assis Brasil, Rua Doutor Flores e Rua São João. Haviam também ruas transversais que são as hoje denominadas Rua Coronel Álvaro de Moraes, Rua do Comércio, Rua Júlio de Castilhos, Rua Fernando Ferrari, Rua José Luis, Rua São João e Rua Olavo Bilac.
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