quarta-feira, 25 de novembro de 2009

718 - Receita de desenvolvimento

Quando se fala em desenvolvimento, não se pensa apenas no aspecto econômico. Um país - ou um município - desenvolvido oferece, também, melhores condições de vida para o seu povo. Saúde, educação, lazer estão mais ao alcance das pessoas. Por isso tanta gente migra dos municípios menos desenvolvidos para aqueles melhor situados neste aspecto. E o mesmo acontece com os países.
Dentro de uma mesma região, existem municípios mais desenvolvidos do que outros. No Vale do Caí, isto é muito nítido. Os dois exemplos extremos são Tupandi e Capela de Santana. Em Tupandi, a renda per capita (melhor medida de desenvolvimento) é dez vezes maior do que o de Capela.
Por isso, a população de Tupandi vive num padrão muito melhor que a de Capela. Todas as principais estradas municipais (e até mesmo algumas de pouco movimento) são asfaltadas, o atendimento à saúde é primoroso, nenhum jovem deixa de concluir o segundo grau e, depois disto, todos que desejarem podem ingressar na faculdade, pois a prefeitura paga uma cadeira para incentivá-lo. Não falta emprego no município e indústrias, como a Kappesberg, são obrigadas a buscar boa parte dos seus funcionários nos municípios vizinhos.
E, no entanto, há vinte anos atrás, a situação de Tupandi era pior do que a de Capela.
O que aconteceu em Tupandi e não aconteceu na Capela?. Esta é uma questão que tem despertado a atenção de estudiosos de todo o país e até mesmo do exterior.
Quem estudou o assunto em profundidade chegou à conclusão de que o fator principal do desenvolvimento extraordinário alcançado por Tupandi foi a política de estímulo à implantação de aviários e pocilgas que a prefeitura local implantou no ano de 1992 e à qual, desde então, vem dando continuidade.

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