"O assunto foi submetido ao julgamento do insigne e venerando bispo Dom Sebastião Laranjeira, e este prometeu uma visita no Porto do Guimarães, para resolver "in loco" a questão.
Pouco tempo depois, sua excelência reverendíssima fez a visita prometida.
Para não desgostar nem os partidários de Santo Antônio nem os de São Bernardo, o distinto prelado, valendo-se do recurso conciliatório de um tereiro alvitre, decidiu que fosse São Sebastião o patrono da igreja. Concordaram todos com a inteligente resolução. Em primeiro lugar, ela não dava ganho de causa nem a uns nem a outros; em segundo lugar, tendo o senhor bispo o mesmo nome do padroeiro escolhido, seria falta de delicadeza mostrar-se descontente com a escolha.
Dom Sebastião Laranjeira - diga-se de passagem - mostrou nessa ocasião, que se não tivesse preferido o sacerdócio, bem poderia ter optado pela carreira diplomática, na qual certamente alcançaria não poucos triunfos.
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