A Wikipédia sintetisa assim a vida e obra do Padre Balduino Rambo:
Filho de Nicolau Rambo e Gertrudes Vier, desde cedo foi interessado pelas ciências naturais. No ginásio iniciou sua coleta de plantas, tendo logo juntado uma grade coleção. Após ter completado o noviciado no Brasil, cursou filosofia em Pullach. Na Alemanha, aproveitava os dias de folga para excursões científicas, cujos resultados foram publicados em revistas alemãs e brasileiras.
Voltou ao Brasil, em 1931 e tornou-se professor de história natural no Colégio Anchieta em Porto Alegre, onde ficou até 1933. Sua primeira obra, uma monografia sobre líquenes foi publicada no mesmo ano, no Relatório do Colégio Anchieta, dali em diante não parou de publicar, publicando quase anualmente. Estudou teologia no Seminário Conceição de São Leopoldo, ordenando-se em 1936. Voltou a lecionar no Colégio Anchieta, onde fixou e residência e passaria a maior parte de sua vida.
Foi fundador da cátedra de Antropologia e Etnografia da UFRGS em 1940, também lecionou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Leopoldo, futura Unisinos. Fez campanha pela criação de um Jardim Botânico em Porto Alegre e conseguiu que o Itaimbezinho fosse declarado Parque Nacional. Suas pesquisas botânicas resultaram num acervo de plantas de 50 000 exemplares, em 1948, cerca de 90% da flora nativa. Organizou o Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais e fundou a revista Iheríngia.
Em 1942 publicou sua primeira grande obra, A fisionomia do Rio Grande do Sul, uma descrição detalhada da geografia do estado, incluindo mapas e 30 ilustrações paisagísticas, feitas a partir de fotos áereas tiradas por ele em viagens por todo o território, realizadas com um avião do terceiro Regimento de Aviadores de Canoas.
O seu diário, considerado por ele sua maior obra literária e científica, escrito de 1919 à 1961, contém os mais variados assuntos, inclusive suas aspirações e conflitos pessoais. Parte destes escritos foram publicados na obra Em busca da Grande Síntese.
Foi redator do principal veículo de comunicação jesuíta no estado, a revista Sankt Paulusblatt, destinada à formação e à informação dos colonos teuto-brasileiros católicos. É a revista católica em língua alemã mais antiga do Brasil, uma das poucas que voltou a circular após a campanha de nacionalização empreendida pelo Estado Novo, circulando até os dias de hoje.
Obras:
A fisionomia do Rio Grande do Sul (1942)
Em busca da Grande Síntese (1919 - 1961)
Referências:
SPALDING, Walter. Construtores do Rio Grande. Livraria Sulina, Porto Alegre, 1969, 3 vol., 840pp.
Nenhum comentário:
Postar um comentário