terça-feira, 21 de setembro de 2010

979 - A formação de um líder

Ainda jovem, Dary começou nos negócios, tornando-se sócio da Padaria da Vila Rica

Dary Laux nasceu em 17 de janeiro de 1930, na localidade de Angico, nos arrabaldes do Caí. Era filho do próspero agricultor Alfonso Laux e de Sibylla Stroher Laux.
Quando jovem teve oportunidade de estudar, pois seus pais valorizavam o estudo e não exigiam que ele trabalhasse muito em casa. Começou estudando na escolinha do próprio Angico, tendo como professora a sua tia Elvina Laux. Depois frequentou a Escola Duque de Caxias, mantida pela Comunidade Evangélica Luterana.
Aos 14 anos ele foi para Porto Alegre, já que no Caí - à época (1934) só existia o ensino fundamental. Lá fez o ginásio na Escola do Sindicato do Comércio. Para se manter, trabalhava no armazém de Artur Fetzer, que era irmão do seu tio Fridolino. Ele era muito bem tratado pela família. Mas o trabalho no armazém era tão intenso que Dary não conseguia conciliar com o estudo. Conseguiu, então, um emprego na empresa A. J. Renner.
A J Renner, caiense nascido na localidade de Alto Feliz, era o maior empresário gaúcho da época. Dary teve oportunidade de conviver com esse grande homem e aprender com ele. Tornou-se, inclusive, amigo de seus filhos Egon e Herbert que também trabalhavam na empresa.
Nessa época ocorreu a Segunda Guerra Mundial e Dary, por ser de origem alemã, era constantemente provocado por outros adolescentes, de origem lusa, que queriam brigar com ele.
De novo, Dary sentiu dificuldade para conciliar os horários de trabalho com o estudo e, diante das dificuldades, acabou largando tudo e voltando para o Caí em 1947, aos 17 anos.
Foi, então, trabalhar na Mecânica Caiense Ltda, revendedora dos caminhões Dodge, que funcionava no prédio ao lado do Posto de Gasolina Potencial, na Vila Rica. Empresa pertencente ao seu tio Arlindo Laux e vários sócios: Otávio Lamb, Armindo Carrard, Fridolino Schmidt, Albino Hartmann e Ajalmar Killing, gerente da empresa.
Desde bem jovem, por mais de 20 anos, Dary foi dirigente da Sociedade Cultural e Esportiva União, o popular Poeira. Ele foi presidente, vice-presidente, tesoureiro e, principalmente, secretário desse clube, que nasceu na bairro Boa Vista (hoje Chapadão Baixo) e depois se transferiu para a Vila Rica. O Poeira chegou a ser a sociedade mais popular e ativa da cidade.
Em janeiro de 1949, Dary foi convocado para o Serviço Militar e foi servir num quartel na cidade fronteiriça de São Gabriel. Para chegar lá, a sua turma embarcou num trem em Montenegro e viajou 24 horas. Faziam parte da sua turma Edgar Dietrich, Adelar Caetano (o popular Cabo) e Arno Nonemacher. Em um ano de quartel, Dary só conseguiu vir para casa em três ocasiões.

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