O ano de 1982 foi de eleições municipais. No Caí, Heitor Selbach encerrava seu segundo governo. Época em que o regime militar, que tomou o poder em 1964, começa a dar sinais de que o seu período chegava ao fim. Nas eleições para governador, o PMDB conseguiu expressivas vitórias em estados importantes, como São Paulo e Minas Gerais.
Era um momento de glória do PMDB, partido que empreendia a luta pacífica pela redemocratização do país.
O PMDB, que no Caí era forte, tendo tudo para eleger seu candidato a prefeito, tinham um só nome em mente para se contrapor ao PDS (que contava com Bruno Cassel, Cantarola e Egon Schneck como seus principais nomes).
O grande nome do PMDB era o empresário e líder político Dary Laux, que já fora duas vezes vice-prefeito caiense, nos governos de Heitor Selbach.
Mas Dary Laux não quis ser candidato.
Na ocasião, Dary declarou ao Fato Novo:
“Esta é a terceira eleição em que o meu nome é lembrado para concorrer ao cargo de prefeito municipal. Nas duas vezes anteriores fui forçado a recusar o convite e a solicitação dos meus correligionários devido às muitas atribuições que tenho como empresário, as quais tornam difícil para mim assumir a prefeitura. Se eu o fizer, quero me dedicar com afinco às responsabilidades do cargo. Só posso me candidatar caso encontre uma maneira de conciliar as minhas atribuições de empresário com as de prefeito.”
Responsabilidade, ponderação e modéstia eram algumas das virtudes de Dary Laux, que faleceu na última sexta-feira, aos 80 anos. Ele ficou debilitado depois de sofrer um derrame cerebral em 19 de maio de 2003. Mesmo assim, fez questão de participar da solenidade de inauguração do comitê caiense do PMDB, ocorrida no dia 28 de agosto último. Na ocasião, ele foi homenageado pelos seus correligionários caienses e pelo ex-governador Germano Rigotto, que se fez-presente.
Dary veio a falecer na madrugada do último sábado, dia 18 de setembro de 2010, aos 80 anos. No sepultamento, recebeu coroa de flores enviada por seu amigo, senador Pedro Simon, que lhe enviou uma coroa de flores. Os dois se conheciam desde a juventude, pois serviram juntos no quartel, em 1949.
Em 1981, juntamente com Luiz Fernando Oderich, Dary foi o principal incentivador de Renato Klein na criação do jornal Fato Novo.
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