As Irmãs de Santa Catarina mantiveram a escola até 1954
Mas foi só no dia 12 de fevereiro de 1910, que cinco irmãs se dirigiram ao Caí para começar a missão. Fazia muito calor e, por isso, elas partiram pouco depois da meia-noite, evitando o sol abrasador.
As irmãs viajaram numa carreta rústica, do tipo usado pelos colonos para o trabalho agrícola, puxada por quatro burros.
Vieram as superioras Gaudência e Camila e mais três freiras que constituiriam o núcleo pioneiro responsável pela nova escola: Asela Heinrich, Salésia Müller e Generosa Kardukewiz. Elas chegaram no Caí às duas horas da tarde, trazendo consigo alguns colchões de palha e utensílios para a cozinha, assim como para a escola. Tudo muito escasso e modesto.
Na chegada, as irmãs foram recepcionadas pelo novo padre Carlos Schwertzchlager, também jesuíta, e por populares animados com a vinda das professoras que iriam educar as suas crianças. A recepção se deu às duas horas da tarde.
Foi colocado à disposição das irmãs um dos prédios que haviam no local onde hoje funciona a Escola Estadual São Sebastião, de frente à praça central da cidade.
As condições do prédio eram muito precárias, mas elas não perderam tempo em lamúrias. Trataram de arrumar as salas para que a escola começasse a funcionar no dia 15 de fevereiro. Três dias após a chegada.
Não havia uma cozinha, para as irmãs preparem a sua comida. Mas a madre Gaudência não se apertou. Com um tripé improvisado, colocado embaixo de uma árvore, ela preparou um café que as irmãs saborearam com prazer.
Elas também não tinham camas e dormiram sobre colchões colocados sobre o assoalho. Mas nenhuma dessas carências impediu as irmãs de, em 15 de fevereiro de 1910, abrir a escola que contou - já de início - com 70 alunas. Seu nome era Escola Santo Antônio.
E, além da escola, as irmãs passaram logo a dar assistência à paróquia, cuidando da limpeza e ornamentação da igreja e dos paramentos. Assumiram também o canto coral e o acompanhamento musical ao órgão.
Assim, de forma muito modesta, as irmãs começaram seu trabalho na Paróquia de São Sebastião. Um trabalho que completa agora um século de inestimáveis serviços e de inestimável benefício para a população.
A escola cresceu rapidamente, pois era grande a necessidade de ensino para as meninas caienses. Mas, como haviam outras necessidades do povo que não eram atendidas, as irmãs não pararam por aí.
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