domingo, 6 de fevereiro de 2011

1107 - Os Ruschel na história da vitivinicultura

Os imigrantes italianos, que fizeram da uva uma grande riqueza, tiveram a ajuda do felizense Jacó Ruschel
A cultura da uva em escala maior no Rio Grande do Sul, só começou a ficar importante na vida dos habitantes, a partir do fim do século XIX, com a vinda dos imigrantes alemães e italianos que ocuparam as terras, subindo os rios afluentes do Guaíba.
Já no início do século XX a vitivinicultura já era bastante desenvolvida, embora o processo de fabrico de vinho e sucos ainda era bastante precário. Já então se pensava numa escola de ensino profissional que ensinasse novas técnicas, pois faltava pessoal capacitado na área..
A verdadeira vitivinicultura gaúcha começou no município de Feliz. Conforme artigo publicado em 1946, um Ruschel deu seis mudas aos italianos. Conta a história: quando o clima  e os parasitas mataram as videiras, que Felix Radaelli trouxe da Itália, em 1875, este que era um dos primeiros imigrantes italianos a pisar em solo gaúcho, na região onde hoje se localiza Farroupilha,  não quis ficar sem vinho e a solução foi ir até a Picada Feliz, onde existia um parreiral dos Ruschel. Radaelli conseguiu seis bacelos (vara de parreira) de Jacó Ruschel, filho do primeiro imigrante alemão a fixar-se em Feliz, em 1846. Com todo o cuidado e carinho viu as mudas vingarem e se desenvolver, multiplicando, assim o seu parreiral. Estava nascendo a cultura da uva em solo gaúcho, ainda hoje uma das bases da economia do Rio Grande do Sul.
Texto de Alex Steffen para o jornal Fato Novo

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