terça-feira, 31 de maio de 2011

1192 - Pérsio Piovesam: craque da bola, fiscal de impostos e amigo dos caienses


Um mês antes da sua morte inseperada, Pércio Piovesan 
 recebeu, das mãos do perfeito Darci Lauermann e esposa Zoraia, homenagem pelos serviços prestados ao município.
 Pércio jogou pelo Floriano, de Novo Hamburgo, no início da década de 50 e foi supercampeão do estado,vencendo o Internacional, Grêmio  e Pelotas
Morreu ontem, um dos caienses mais populares. Pérsio Piovesan nasceu em 1931, no dia 3 de setembro, no Caí.
Era filho de um dos mais dinâmicos empresários caienses da primeira metade do século XX.
Seu pai se chamava Pedro Piovesan e sua mãe Herta Mercedes Cornelius Piovesan.
Seu Pedro era dono de hotel, bomba de gasolina, taxi e do Bar da Rodoviária. Era um trabalhador incansável e fez questão que seus filhos estudassem.Pérsio, assim como seu  irmão mais velho, Pedro Heitor, estudaram no colégio marista São José, em Novo Hamburgo. Voltando ao Caí, eles ajudaram o pai e a mãe no trabalho da rodoviária e do bar.
Outros irmãos de Pérsio, do primeiro casamento de seu Pedro, foram Valdemar (Nenê), Alzrir e Vanda.
Quando jovem, Pérsio destacou-se como jogador de futebol. Jogou no time juvenil do Esporte Clube Esperança, de Novo Hamburgo, como goleiro.
Depois, já de volta ao Caí, destacou-se no futebol caiense jogando pelo Guarani. No início dos anos 50 jogou no Canoense e, dali, partiu para a carreira profissional jogando pelo Floriano, de Novo Hamburgo.
Em 1952, com Pérsio no gol, o Floriano (hoje Novo Hamburgo) conquistou o título de Campeão dos Campeões do Estado, num torneio quadrangular em que enfrentou o Grêmio, Internacional e o Pelotas. Campeões de outras regiões do estado, numa época em que não se disputava ainda um campeonato estadual. Abandonou o futebol  profissional devido a uma lesão no joelho, mas chegou a jogar ainda no Guarani, até os 29 anos. Foi, várias vezes, campeão caiense.
Em 1963 tornou-se funcionários da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, como técnico do tesouro do estado. Foi fiscal do ICMS. Ficando nesta repartição do governo estadual até o ano de 1991, quando aposentou-se. Escreveu uma coluna, chamada Pinga-fogo, publicada nos jornais Univale, Fato Novo e Panorama.
Era um homem muito comunicativo. Gostava de pescar, com amigos e praticava ginástica em casa, com aparelhos.
Foi casado com Lyra Backes (professora e diretora na Escola São Sebastião, por longo período), com a qual teve quatro filhos: Liége, Heloísa, Maria Ester e Pedro.
Perdeu a esposa há alguns anos e depois a filha Heloísa, que morava nos Estados Unidos.
Sua morte ocorreu por volta de meio-dia de ontem. Morte súbita causada, provavelmente, por infarto. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

1191 - Camila Klein: começo brilhante na carreira da jovem arquiteta

Aos 31 anos, Camila já é griffe em São Paulo



































A jovem arquiteta caiense Camila Klein está alcançando grande destaque profissional na cidade de São Paulo. Um sucesso que ele conseguiu com talento e muito trabalho.
Filha de Rui e Isolde Klein, Camila estudou arquitetura na Unisinos. E, enquanto ainda estudava fez estágios no Caí: na Supercol e com o arquiteto Fábio Orlandin.
Logo depois de formar-se, em 2005, ela transferiu-se para São Paulo, a convite de uma arquiteta. No início foi difícil, mas ela conseguiu manter-se lá graças à ajuda dos pais. Grandes incentivadores da sua carreira.
Tudo começou a mudar quando ela entrou em contato com o escritório do famoso arquiteto Ruy Ohtake. Ela foi aceita para um teste. Teve de fazer, no computador, o detalhamento de uma escada em caracol e terminou em menos de duas horas. Ela ficou menos de uma semana em teste e já foi contratada para integrar o time de 15 arquitetos que trabalham com Ohtake. Ela teve oportunidade de trabalhar diretamente com o grande mestre, que considera um verdadeiro artista. E aprendeu muito.
Assim com muita força de vontade e iniciativa, Camila foi conseguindo o seu espaço no disputado mercado profissional da grande metrópole. Mas, sem dúvida, o talento e carisma ajudaram muito.
Hoje, em São Paulo, Camila não é apenas uma arquiteta. É uma empresária. Seu escritório, chamado Camila Klein Arquitetura e Interiores, já tem três anos de atividades e chegou a empregar 43 profissionais. Arquitetos que foram seus colegas na faculdade foram trabalhar no seu escritório em São Paulo.
Atualmente, Camila comanda uma equipe de 20 pessoas que trabalha em projetos residenciais e, principalmente, na decoração de interiores.
Graças ao sucesso alcançado até aqui, Camila está participando da mostra Casa Cor 2011, que é o maior evento de arquitetura e interiores das Américas e segundo do mundo. Realizada em São Paulo, a mostra vai até o dia 12 de junho.
Ela é responsável pelo projeto “Banheiro Público Masculino”, que se destaca pela utilização de novos recursos tecnológicos. Um projeto ousado e inovador. Para se ter uma idéia, a porta de entrada é de vidro transparente. Mas que se torna opaco sempre que houver alguma pessoa dentro do banheiro. A iluminação caprichada e o uso da cor preta no piso, cerâmicas e papel de parede também chamam a atenção. 
Quem for a São Paulo pode apreciar a mostra e visitar o espaço de Camila Klein, que valoriza muito a sua terra natal e as pessoas que conheceu aqui.

sábado, 28 de maio de 2011

1190 - Caí: a cidade se afasta do rio

Até os anos 50,  nas áreas situadas entre a avenida Egydio Michaelsen e o Morro do Hospital,  haviam poucas construções
(clique sobre a foto para ver melhor)
No início da sua história, o Caí procurava o rio. Isso porque, numa época em que ainda não existiam boas estrada, telefone etc, era através do rio Caí que a cidade se comunicava com o restante do mundo.
Nos seus primeiros anos, o Caí vivia voltado para o seu porto. Lá era o centro da cidade e lá se desenvolviam as principais atividades. 
Foi só aos poucos, na medida que o transporte naval foi substituído pelo rodoviário, que lugares então considerados distantes do rio (como a rua Marechal Deodoro e a avenida Egydio Michaelsen), foram sendo povoados.
Aconteceu também que, graças à navegação, o nível das enchentes baixou. O trânsito intenso dos barcos fazia com que a calha do rio ficasse mais limpa e livre, facilitando o fluxo da água. O rio era como um valo mantido limpo, onde a água corria livre e dificilmente acontecia um transbordamento.
Nesta época, muitas casas boas foram construídas em locais que, mais tarde, com o fim da navegação, voltaram a ser atingidas pelas cheias. Isto foi observado, pela primeira vez, na enchente de 1982.
De então para cá, o nível das enchentes vem aumentando constantemente. Assim, em 2007, ocorreu uma enchente cujo nível se aproximou muito da maior enchente da história: a de 1878. Uma na época em que a navegação no rio Caí ainda era muito pouco intensa.
Este fato fez com que, agora se evite e até proíba a construção de casas ou abertura de loteamentos em locais sujeitos a enchente.
Esta nova realidade faz com que a cidade, hoje, se desenvolva em áreas mais  altas e distantes do rio. Depois dela haver se estendido até a encosta do Morro do Hospital, agora ela começa a contornar o morro. São muitas as construções no já antigo Loteamento Laux e no novo Loteamento Angico. E vários novos loteamentos deverão surgir brevemente nesta área.
O Loteamento Laux, criado há cerca de 30 anos, demorou a ser ocupado, pois parecia ser distante do Centro. Hoje está entre as melhores opções para a construção residencial. O Loteamento Angico, criado recentemente, teve rápido desenvolvimento.
No Caí, como no país inteiro, a construção está se desenvolvendo muito devido à facilidade que se tem, atualmente, para conseguir financiamento.
Mas os bancos não emprestam para quem quiser construir em áreas atingidas por enchente. E isto, no caso do Caí, se tornou um forte estímulo para o desenvolvimento dos bairros que estão livres deste problema.
Por isso já se pode prever que não está longe o dia em que o Morro do Hospital se tornará uma espécie de ilha, cercada de cidade por todos os lados. E o mesmo, já dá para prever, acontecerá no morro do Loteamento São Rafael.
RETORNO
A história caiense mostra que as construções, ultimamente, fogem das proximidades do rio. Mas isto pode mudar. Se a navegação, no período situado entre os anos 1910 e 1950, fez com que o nível das enchentes baixasse, isso pode (e deve) voltar a acontecer. 
Não se justifica o fato do rio Caí não ser navegável. Em países desenvolvidos, um rio como o Cai seria intensamente navegável. O transporte de cargas por via fluvial é extremamente econômico e, por isso mesmo, benéfico do ponto de vista ecológico.
A navegação deverá voltar a acontecer no rio Caí. E, quando isso acontecer, provavelmente, as construções em áreas alagáveis, como os bairros Navegantes e Vila Rica, deverão ganhar novo impulso.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

1189 - Lojas Carmen Steffens

Loja em Johanesburg, na África do Sul
Loja em São Paulo
Loja em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia
Loja em Buenos Aires
Loja em Paris
A griffe Carmen Steffens, de bolsas e calçados, tem suas origens no Vale do Caí. Seu criador, Mário Spaniol, é caiense. Seus pais moravam em São José do Hortêncio, que então era um distrito de São Sebastião do Cai. Ao criar a sua griffe de calçados e bolsas femininas, homenageou sua mãe, que se chamava Carmen Steffens.

Hoje o nome da modesta senhora hortensiense, agente dos Correios em Hortêncio está impresso na faixada de centenas de lojas espalhadas pelo mundo.

1188 - Carmen Steffens: de volta à terra natal

Mário Spaniol (na foto, com óculos) é caiense, nascido no então distrito de São José do Hortêncio
Os calçados e bolsas Carmen Steffens são um sucesso mundial. Existem 200 lojas com este nome espalhadas por 16 países do mundo. E os planos do seu diretor, Mário Spaniol, são ambiciosos. Em 2016 ele quer ter 400 lojas Carmen Steffens em 30 países.

Mas, para isto é necessário aumentar a produção, preservando ou até melhorando a qualidade.
Por isso a famosa griffe de calçados e bolsas Carmen Steffens, que tem a sua  sede em São Paulo, pretende implantar uma unidade no Rio Grande do Sul, na qual empregará mil funcionários de alta qualificação e bem remunerados..
Seu proprietário é o caiense Mário Spaniol, nascido em São José do Hortêncio (ou no hospital do Caí) na época em que Hortêncio pertencia ao Caí.
Sua mãe se chamava Carmen Steffens e foi agente dos correios em Hortêncio. Seu pai era dono do cartório local. Dona Carmen morreu tragicamente.
Mário Spaniol, quando jovem, começou sua carreira em Novo Hamburgo, na empresa Malas Weber. Depois transferiu-se para São Paulo, abrindo o curtume Couroquímica, na cidade de Franca, em 1981. 
Em 1993, ele criou a Carmen Steffens, primeira fábrica de calçados femininos na cidade de Franca, que até então tinha apenas fábricas de calçados masculinos. O nome, naturalmente, foi uma homenagem à sua mãe.
Seu grande sucesso fez com que, hoje, existam 70 fábricas de calçados femininos naquela cidade. 
Além da griffe Carmen Steffens, Mário criou também a griffe Raphael Steffens, com o nome do seu avô. Empresa dedicada à produção de calçados masculinos e bolsas transversais (também para o público masculino).
São produtos de categoria que exigem bons funcionários e bons salários. 
O par de calçados da griffe é vendido com preços variando de R$ 99,00 a R$ 549,00 e as bolsas a partir de R$ 1.299,00.

1187 - Zeca Bezerra

Zeca Bezerra com sua afiliada caiense, Isadora
(clique sobre a foto para ver melhor)
Zeca e sua bela irmã Jane moraram no Caí por vários anos
Na década de 1980, o radialista e jornalista Godoy Bezerra (famoso pela sua carreira de locutor de futebol) mudou-se para o Caí.
Já aposentado, ele comprou uma chácara no bairro Rio Branco. Além dele ser um homem famoso, trouxe consigo a filha Jane Bezerra, que foi miss Rio Grande do Sul em 1975. Modelo, depois atriz, teve papel destacado  na novela Ana Raio e Zé Trovão, que foi ao ar nos anos 1990 a 1991.
E, como se não bastasse a beleza de Jane, fazia parte da família Bezerra um irmão dela chamado José Augusto. Um rapaz muito bonito e carismático, que encantava a todos. E, certamente, conquistou muitos corações femininos. Comunicativo e alegre, ele fez muitas amizades no Caí. Morou no Rio Branco por vários anos. Depois mudou-se para Nova Petrópolis, sem perder o contato com os amigos caienses.
Surfista desde a juventude, ele também praticava o vôo em asa delta. Razão pela qual foi morar em Nova Petrópolis (bem perto do Ninho das Águias). Namorador, ele aparecia nas revistas da época junto com artistas famosas que foram suas namoradas.
Zeca Bezerra, como era mais conhecido, teve uma vida boa  e alegre. Mas, infelizmente, o seu fim destoou da sua trajetória de vida.
Aos 50 anos de idade, Zeca foi morto a facadas na manhã da última segunda-feira, no balneário de Torres. Ele teria sido morto por outro conhecido surf gaúcho: Carlos Flores Chaves Barcelos, de 47 anos.
Zeca vivia há algum tempo com Ivanisse Menezes, ex-mulher de Carlos. Razão pela qual foi morar em Torres. O crime teve grande destaque na imprensa gaúcha devido à posição destacada das pessoas envolvidas e de suas famílias.
Entre os muitos amigos de Zeca Bezerra no Cai, estão o fotógrafo Vilson Nunes da Silva e sua esposa Luiza. Zeca foi, inclusive, padrinho da filha do casal, Isadora.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

1186 - Reserva Natural do Caí






O condomínio conta com um clube exclusivo para os moradores 
O Caí é uma cidade pequena, mas conta com um condomínio fechado de alto padrão: o Reserva Natural do Caí, situado no alto de um morro, no bairro Conceição.
Cercado por matas nativas, o condomínio conta com infraestrutura invejável. O acesso até o alto do morro e todas as ruas internas são asfaltadas. E, embora a construção das casas esteja ainda no início, tem cinco já construídas. Uma delas pertencente ao consagrado  arquiteto portoalegrense Guilherme Takeda. A área é toda cercada por um muro alto e cada terreno tem, pelo menos, 1.000 metros quadrados (área equivalente a três terrenos normais).
Mesmo com poucos moradores instalados, o condomínio Reserva Natural já conta com um charmoso clube com ambiente para festas, piscina, playgrund e quadras esportivas. O empreendimento tem nível semelhante ao dos que estão sendo realizados em Gramado. As vias internas são conservadas com cuidado e os terrenos, mesmo baldios, estão sempre com a grama apararda.
Com a maior parte dos 63 terrenos vendida, os empreendedores do Reserva Natural já preparam o lançamento da segunda etapa. do empreendimento. Numa área contígua à atual, porém   maior, a nova fase terá o mesmo padrão de qualidade e contará, além do clube, com uma pousada e um centro hípico. A nova fase do Reserva Natural será quatro vezes maior que a já implantada.
No condomínio Reserva Natural, é vendido apenas o terreno, ficando para o proprietário a construção da casa. Mas, atendendo à solicitação dos compradores, Luiz Fernando Kroeff abriu uma nova empresa, a Viva Construção e Administração de Obras, que vai cuidar também da construção de casas no condomínio.
Em outros dois condomínios fechados existentes no Caí, a proposta é diferente. As casas foram vendidas prontas para serem habitadas. O mais antigo, chamado Village, tinha um estilo de construção mais modesto. Já o Floresta, situado no Chapadão, foi construído num padrão bem mais sofisticado. Ambos foram totalmente vendidos, o que demonstra a boa aceitação dos condomínios fechados.
Um próximo empreendimento será o Reserva do Santuário, com lançamento previsto ainda para este ano. 
Ele estará situado no bairro Conceição e é um empreendimento dos mesmos empreendedores que criaram, o Reserva Natural. Este, porém, terá terrenos menores (500 metros quadrados) e de preços mais acessíveis, visando ao público que se beneficia do programa Minha Casa Minha Vida. Ali serão vendidas, também, casas prontas. O condomínio será fechado e com segurança.  Terá, também clube com piscina e quadras de esporte.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

1185 - Heitor Müller recebe medalha do Mérito Farroupilha

Heitor Müller (ao centro) recebeu homenagens da Assembléia Legislativa
O empresário Heitor José Müller recebeu, ontem (dia 10 de maio de 2011), a Medalha do Mérito Farroupilha, maior distinção concedida pela Assembleia Legislativa gaúcha. A homenagem foi proposta pelo deputado Adroaldo Loureiro (PDT) e entregue pelo presidente do Parlamento gaúcho, Adão Villaverde (PT).
Natural de Tupandi, então distrito de Montenegro, Heitor José Müller foi um dos fundadores da Frangosul, em julho de 1974, que depois foi vendida à multinacional Doux, de origem francesa, tranformando-se em Doux-Frangosul. Participou também da fundação, em 1990, da Agrogen S.A., sediada em Montenegro. Empresa da área de multiplicação de genética avícola, onde atualmente integra o Conselho de Administração. Em 2000, também fundou a Novagro Granja Avícola S.A., em Montenegro. É sócio-fundador da Deltapar Investimentos S.A., que adquiriu, em 2004, uma fundição em Santo Ângelo, criando a Fundimisa, onde exerce o cargo de diretor-presidente. Técnico em Contabilidade e bacharel em Direito, Müller já presidiu a Associação Comercial e Industrial de Montenegro, a Associação Gaúcha de Avicultura e a União Brasileira de Avicultura. Também fundou e presidiu o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Rio Grande do Sul. Atualmente é um dos vice-presidentes do Sistema Fiergs/Ciergs, onde concorre à presidência, em chapa única, na eleição da próxima semana.

terça-feira, 10 de maio de 2011

1184 - Azaléia fecha sua última fábrica no estado

Empesa que impulsionou o progresso caiense no final do século XX, desiste de produzir no estado

Azaléia encerra a produção de calçados também em Parobé. Depois das fábricas caienses, fechadas em 2005, a gigante Azaléia uniu-se à Vulcabras. Em seguida, 2007 fechou a sua unidade em Portão e agora encerra a produção em Parobé, última fábrica que a empresa mantinha no Rio Grande do Sul.
Principal responsável pela fase de grande desenvolvimento caiense na década de 10980 e 1990, A Azaléia encerrou sua produção de calçados em Parobé, cidade que foi o berço da empresa e sua sede por mais de 50 anos. Permanecem funcionando la, a sua área administrativa e de desenvolvimento tecnológico. A produção passa para as fábricas instaladas no Nordeste Brasileiro e até no exterior, onde a mão de obra ainda é mais barata ou, até, para o exterior.  
Por um lado, é um bom sinal. Assim como acontece nos Estados Unidos, as indústrias estão transferindo a sua produção para países estrangeiros, mantendo o cérebro da empresa no seu país de origem. Mas Parobé sofrerá um baque, tal como aconteceu no Caí. Que, no entanto, sobreviveu e agora procura novos meios de impulsionar o seu desenvolvimento. Existe falta de mão de obra qualificada no setor de calçados e a absorção dos funcionários demitidos talvez não seja tão difícil.
Fundada pelo quase caiense Nestor de Paula (seu pai,  Nepomocena de Paula nasceu no Campestre da Conceição e foi comerciante em Estância Velha). Nestor foi um dos fundadores da Azaléia, que começou pequena e, sob o seu comando, tornou-se uma das maiores fábricas de calçados do mundo. 
Hoje ainda conta com 44 mil funcionários que trabalham em 27 fábricas, principalmente no Nordeste, mas também na Argentina ( com 5.000 funcionários) e até na Índia onde tem uma unidade dedicada apenas à produção de cabedais, que são enviados para as demais unidades, no Brasil e na Argentina. A fábrica indiana tem 1.000 funcionários e deverá aumentar para 10 mil em dois anos.
Mesmo com a produção encerrada em Parobé, e a demissão de 800 funicionários, a empresa continuará suas atividades ali, com 1.500 funcionários. Continuará funcionando ali as dretorias de marketing e de desenvolvimento de produtos, tecnologia e planejamento, além das áreas das áreas de suprimentos, logística e recursos humanos. Em grande parte, o cérebro desta grande multinacional continua em Parobé, município situado próximo a Novo Hamburgo, no Vale do Paranhama, onde a empresa foi fundada em 1958. Alertada pelo fechamento de mais esta grande empresa do setor calçadista, o governo do estado se mobiliza para criar um plano de incentivo a esta e outras atividades econômicas do estado.
Com altos impostos,  mão de obra cara (comparativamente) e infraestrutura deficiente, o  Rio Grande do Sul está deixando de ser competitivo na atração e manutenção de empresas.
Conforme foi publicado no sit clic RBS, o presidente da Azaléia, Milton Cardoso, explicou assim o motivo da decisão:
“Esta era a nossa menor unidade, que tinha 800 empregados na produção. As nossas outras unidades, localizadas no Nordeste, são muito maiores e, por terem maior escala, têm naturalmente custos reduzidos. Além disso, há alguns benefíocios fiscais no Nordeste que também barateiam a produção.”



segunda-feira, 9 de maio de 2011

1183 - Um milagre de Santos Fagundes

Tornam-se visíveis os resultados de trabalho começado por Santos Fagundes há 15 anos:  Sheila está na universidade: Sheila chega à univesidade
O caiense Santos Fagundes, que nasceu com visão normal, foi perdendo a capacidade de enxergar ao longo da sua infância e juventude.
Mas ele nunca se entregou. Até em Cuba ele esteve, buscando uma cura milagrosa (que não funionou). Encaminhado pela grande educadora Ivone Weber, frequentou o Centro Luis Braille, em Porto Alegre, onde aprendeu muito.
Hoje, Santos trabalha como assessor parlamentar do senador Paulo Paim, já percorreu grande parte do país neste trabalho e foi o primeiro portador de deficiência visual a formar-se na Universidade Luterana (ULBRA), no curso de Ciências Sociais. E, agora, ele está fazendo mais um curso na mesma faculdade: o de Ciências Políticas.
Positivo, Santos superou muitas barreiras. Casado, pai de um casal de filhos e já com uma netinha de um ano, Santos é um homem realizado e um grande exemplo. Ele provou que a cegueira não incapacita as pessoas.
Em 1996, Santos fundou a Associação de Deficientes Visuais do Vale do Caí), que proporcionou vários cursos destinados aos portadores.
Naquela época o trabalho de Santos e sua esposa Naura desenvolveram intenso trabalho de apoio aos portadores de deficiência visual. E muita gente já se beneficiou disso.
Uma dessas pessoas é a jovem Sheila Michaelsen Flores Lara, de 23 anos, que mora no bairro Angico.
Ela estudou no Instituto Paulo Freire, sob a orientação da pedagoga Naura Dutra Fagundes. Ali formou-se no primeiro e segundo grau. E, passando no exame do Enem, garantiu o seu ingresso na faculdade sem necessidade do vestibular. Hoje, Sheila estuda na ULBRA, fazendo o curso de Pedagogia.
No primeiro dia de aula, Sheila foi acompanhada pela pedagoga Naura, que a ajudou a desbravar os caminhos que ela terá de percorrer da sua casa até a sala de aula. Hoje ela já se sente em condições de fazer isso sozinha.
Um dia Sheila quer ser professora,  ensinando tanto para portadores como não portadores de deficiência visual. Antes disto, porém, ela quer superar outro desafio. Ela que trabalhar e está à procura de emprego. E, pela capacidade já demonstrada na superação de tantos obstáculos, Sheila tem tudo para ser uma boa funcionária.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

1182 - Paróquia de Montenegro completa 140 anos

A antiga igreja matriz teve sua construção iniciada em 1880



































A Paróquia de São João Batista de Montenegro foi fundada no dia 28 de abril de 1871 e seu primeiro pároco foi Miguel Kelner, que morreu tragicamente numa travessia do rio Caí montado a cavalo. Mas a atividade religiosa na localidade é mais antiga, sendo conduzida por padres da paróquia de São José do Hortêncio (a mais antiga da região, fundada em 1849). Em 1856, quando a localidade estava apenas começando a ser formada, os católicos montenegrinos já constituiam um grupo organizado. A ponto deles haverem construído, nesse ano, uma modesta capelinha, feita de madeira.
Depois da paróquia ser constituída ainda levou algum tempo para a comunidade ter uma igreja de porte. Foi em 1880 que iniciou a construção da velha igreja matriz, no local onde hoje se encontra a pracinha (em frente à nova matriz).

quarta-feira, 4 de maio de 2011

1181 - Heroísmo voluntário

Em 16 anos de atividades, os Bombeiros Voluntários de 
São Sebastião do Caí realizaram mais de 25 mil atendimentos

O Corpo de Bombeiros Voluntários de São Sebastião do Caí está completando 16 anos de existência e pode exibir um número invejável de serviços prestados à comunidade. A fundação da entidade ocorreu em 1995, durante o governo do prefeito Gerson Veit e o efetivo funcionamento da corporação começou no ano seguinte.
A criação da corporação foi inspirada no exemplo dado por Nova Petrópolis que foi o pioneiro neste aspecto, na região. Os bombeiros de Nova Petrópolis receberam um caminhão doado, da Alemanha. E a experiência lá foi tão bem sucedida que vários municípios do Vale do Caí resolveram o seu exemplo. Mais ágeis, Harmonia, Feliz e Bom Princípio receberam seus caminhões antes do Caí. Eram caminhões que municípios alemães dispensavam quando compravam veículos mais modernos. 
Luis Bohn, que era secretário da indústria e comércio no governo de Gerson Veit, teve importante participação na implantação da corporação. Não só como secretário, como também como contabilista, fazendo a contabilidade da corporação.
Antes da existência do corpo de bombeiros, as empresas  Oderich e Azaléia contavam com brigadas de incêndio, formadas por funcionários que recebiam treinamento para combater estes sinistros. Quando acontecia um incêndio na cidade, esses funcionários eram liberados pelas empresas para a luta contra o fogo e o socorro de vítimas.
A prefeitura deu grande auxílio em dinheiro para a compra de equipamentos complementares e doou uma ambulância Veraneio. Um tanto antiga, mas reformada. Reformou também o galpão crioulo do grupo folclórico Tapirapé, situado no Parque Centenário, que foi o primeiro quartel da corporação.
Foram 25 mil os atendimentos prestados pelos bombeiros caienses nestes 16 anos de atividade initerrupta. Isto porque, ao contrário do que normalmente se imagina, os incêndios estão longe de ser o tipo de socorro para o qual os bombeiros são mais chamados.
O que mais acontece são acidentes nos quais uma ou mais pessoas precisam ser removidos até o hospital. E são os bombeiros que normalmente prestam este serviço. Grande parte dos casos são acidentes automobilísticos. Mas há uma grande variedade de outras ocorrências para os quais os bombeiros são chamados. Inclusive o socorro a animais. São comuns os socorros prestados a pessoas doentes que precisam de remoção ao hospital. 
No passado, a corporação fazia todo o serviço de remoções clinicas, que hoje é prestado também pela Secretaria de Saúde.
Um mesmo grupo de voluntários vem dirigindo a corporação desde 2008 e, recentemente, o presidente Oli Jardel da Silva foi reconduzido à presidência. Fazem parte da diretoria, também, o vice-presidente Eni Marino Pacheco, os secretários Luan Flores e Everton Rodrigues da Silva, o comandante operacional Anderson Jociel da Rosa e o sub-comandante Rafael Flores.
Os voluntários que atuam de forma mais regular são denominados bombeiros ativos. Um grupo de 21 pessoas que garante a manutenção de um plantão permanente: nas 24 horas do dia, inclusive em fins de semana. Verdadeiros heróis anônimos, que merecem o reconhecimento da comunidade.

1180 - Eram - a origem do segundo surto de desenvolvimento caiense

O prédio da Eran - na foto quando recém havia sido construído - pertenceu depois, sucessivamente às empresas Vachi, Azaléia e Oderich (atual proprietária).
A instalação da fábrica de calçados Eram foi um dos fatos mais relevantes da história econômica caiense. Embora não tenha continuado no país por muitos anos, a empresa formou mão de obra qualificada e trouxe tecnologia moderna. Vendida para o curtume Vachi, no início dos anos 80, a fábrica criada pela Eram no bairro Vila Rica passou, pouco depois a pertencer à Azaléia, quando passou por uma fase fulgurante, tornando-se a maior empresa do Vale do Caí. Neste período, décadas de 1980 e 1990, o Caí passou por uma fase de grande desenvolvimento, superando o marasmo em que caíra a cidade em meados do século XX.
Nos anos de 1973 a 1977, o doutor Bruno Cassel exerceu o seu terceiro mandato como prefeito. E esse foi o mais proveitoso dos seus quatro períodos de governo. Destacou-se por várias obras e por iniciativas na atração de empresas. Favorecido pelo "milagre brasileiro", período de forte crescimento econômico no país, ele conseguiu atrair empresas como a fábrica de bicicletas ODOMO, que foi instalada, em Bom Princípio, no ano de 1976.
Mas a maior conquista daquela administração do Doutor foi a vinda da fábrica Eram.
A Eram era uma empresa francesa, com mais de 50 anos de atuação no setor de calçados. Poderosa, ela tinha uma rede de 700 lojas na Europa, vendendo 180 mil pares de calçados por dia. Na França, o nome da empresa era Manufacture Française de Chaussures Eram.
Mesmo assim, a empresa começou as suas operações no Brasil de forma modesta e cautelosa. O início das atividades foi em dois pavilhões muito modestos, que serviam para a realização da Festa da Bergamota e foram emprestados à Eram pela prefeitura. Isso no ano de 1975. Conduzida pelo francês Antoine Haddad, como gerente industrial e pelo caiense Zenon Koch da Silva, responsável pelas áreas administrativa e comercial, a empresa superou as dificuldades iniciais e chegou a ter um bom desenvolvimento. No início foi necessário treinar os funcionários, uma vez que não havia mão de obra qualificada na cidade. Com 15 funcionários, a produção inicial não passava de 26 pares de calçados por dia. Depois de seis anos, empregando 265 funcionários, a produção havia se elevado para 4.800 pares diários. Inicialmente, toda a produção da Eram Calçados Brasil era destinada à exportação. Mas, em pouco tempo começou a venda no mercado interno e esta cresceu, chegando a igualar as exportações no ano de 1981. Eram vendidos no Brasil os mocacins Eram, o sapato esportivo Buggy e o tênis King Sport e a aceitação era muito grande, forçando a empresa a construir pavilhões próprios (no bairro Vila Rica, nos quais funciona hoje a sede da empresa Oderich e seus principais depósitos.

domingo, 1 de maio de 2011

1179 - Principais obras da primeira administração de Egon Schneck

Os históricos prédios da prefeitura foram restaurados no primeiro governo
Alzir Bach, que foi secretário municipal nos governos de Egon Schneck, fez um levantamento das principais realizações destes governos.


Na primeira administração, de 1989 a 1992:
Asfaltamento de diversas ruas na cidade ( todo centro foi asfaltado) e calçamento nos bairros Vila Rica, Quilombo, Rio Branco e Navegantes ( todas as ruas foram calçadas)
Construção de escolas:  Padre Luiz Müller, na Vigia; Coronel Paulino Teixeira, na Maçonaria; Davi Canabarro, no bairro São Martim; São José, no Loteamento São José;  Irmã Rosa, na Várzea do Rio Branco; Alencastro Guimarães, no Navegantes; Alberto Pasqualini, no Areião; Olavo Bilac,  no Campestre e Idalina Hess, no Arroio Bonito.
Criação da Secretaria da Saúde
Criação da Secretaria da Agricultura
Prédio da Brigada Militar
Novo prédio do Fórum
Construção de mais de 200 casas no Loteamento Popular
Restauração do prédio da Prefeitura
Transformação das avenidas Osvaldo Aranha e Egydio Michaelsen (passeios públicos, asfalto e esgotos).
Plantio de flores em toda a cidade

1178 - Principais obras da segunda administração de Egon Schneck

Nos governos Schneck, as ruas da cidade foram asfaltadas e ajardinadas



Alzir Bach, que foi secretário municipal nos governos de Egon Schneck, fez um levantamento das principais realizações destes governos.


Na segunda administração, de 1997 a 2000:
Asfaltamento nos bairros Rio Branco, Navegantes e Quilombo. Calçamento na Conceição, Coxilha Verde, São José, Nova Rio Branco e Rio Branco
Implantação da APAE
Criação do Centro da Terceira Idade
Ampliação escolas São José e Davi Canabarro ( São Martim )
Construção de mais de 50 casas populares
Conquista do novo prédio da Secretaria da Saúde
Construção do Centro Integrado do Bairro Navegantes
Restauração do Parque Centenário
Atração da UCS
Asfaltamento da estrada da Barra do Cadeia