1313 - Ponte / Estrada / Dique - solução para o problema das enchentes em São Sebastião do Caí

O governador Tarso Genro recebeu proposta de construção da ponte/estrada/dique das mãos do prefeito Darci Lauermann 

Já em novembro de 2011, o prefeito Darci Lauermann (acompanhado do secretário do desenvolvimento Alzir Bach e de  Roque Colling, que é chefe de gabinete do prefeito Oregino Francisco, de Pareci Novo)

Na manhã de quinta-feira, 9 de janeiro de 2012, o prefeito caiense Darci Lauermann entregou, ao governador Tarso Genro, cópia da proposta de contrução de nova ponte sobre o rio Caí de modo tal que os acessos a essa ponte formem um dique para proteger a cidade de São Sebastião do Caí contra as enchentes. A entrega ocorreu na ocasião em que o governador participava da solenidade de entrega das obras de restauração do asfalto na estrada que liga São Sebastião do Caí a Harmonia.
A proposta, chamada de Ponte / Estrada / Dique, foi lançada pelo jornal Fato Novo em sua edição nº 2473, de 24 de setembro de 2011. Ela foi resultado de debates e estudos promovidos pelo jornal Fato Novo e pela Prefeitura Municipal de São Sebastião do Caí a partir da ocorrência da grande enchente daquele ano. 
Ocorrida em 22 de julho, a enchente de 2011 foi maior da história. Alcançou o nível de 14,80 metros acima do nível normal. deixando submersa a maior parte da área da cidade, inclusive o Centro e bairros Navegantes, Quilombo e Vila Rica. Estima-se entre 6.000 e 8.000 o número de pessoas que tiveram suas casas invadidas, incluindo-se entre elas famílias do mais elevado nível social, inclusive empresários como Luiz Fernando Oderich (o criador do movimento Brasil Sem Grades). Empresas importantes, tiveram as suas instalações invadidas pela enchente, inclusive a  Conservas Oderich SA.  Esta foi a segunda vez na história em que esta indústria centenário sofreu alagamento (o primeiro ocorreu na enchente do ano 2000). O que evidencia a tendência de aumento no nível e na freqüência das enchentes na cidade. Pela primeira vez o prédio do Forum foi cercado pelas águas de uma enchente. O Caí é a cidade do estado que é mais atingida pelas enchentes. O que se explica pelo fato dela haver sido construída junto a um porto fluvial de enorme importância no final do século XIX e início do século XX.
O projeto apresentado ao governador, já havia sido entregue anteriormente ao secretário Beto Albuquerque e levado pelo prefeito Darci Lauermann ao setor técnico do DAER.
Cópias do projeto foram entregues também ao secretário estadual de infraestrutura Beto Albuquerque, que já havia anunciado anteriormente que a construção da nova ponte é prioridade, devido ao precário estado em que se encontra a ponte antiga. Construída em 1970, ela permite a passagem de apenas uma mão de trânsito e não foi feita para suportar o trânsito pesado. Técnicos do DAER constataram, inclusive, a existência de fissuras na construção. 
Já que uma nova ponte precisa ser construída o mais breve possível, implantar a ponte / dique / estrada é uma grande oportunidade. 
Além da ponte, precisará ser contruída uma rodovia de acesso até o traçado antigo da RS-124, situada em terreno lívre de enchentes.  Este acesso, é claro, terá de ser feito também num nível elevado, acima daquele verificado nas maiores enchentes.
A proposta da ponte / dique / estrada prevê a construção de dois acessos à RS-124, ao invés de apenas um. 
A ponte deverá situar-se um pouco ao Sul da rua São João e os acessos entre a ponte (também denominados estradas/dique) terão os seguintes traçados.
Um deles, o Acesso Sul, passará pelas bordas da cidade, ao sul dos bairros Navegantes e Quilombo, alcançando a RS-124 nas imediações do Cemitério Municipal. 
O Acesso Norte, subirá pela margem do rio até as proximidades do arroio Coitinho e dali seguirá pela sua margem esquerda, passando pelos fundos o Country Clube e do campo do Grêmio Esportivo Riachuelo, até alcançar a RS-122 nas imediações da empresa Selbach Esquadrias.
Os dois acessos, ou estradas/dique agirão como dique, impedindo as enchentes na cidade. Além disso, elos formarão, com a RS-124, um anel viário em torno da cidade, evitando o trânsito de caminhões pesados pelas ruas e desobstruindo o trânsito na área comercial de São Sebastião do Caí, que já começa a mostrar tendência a congestionamento em alguns pontos. A cidade é o mais dinâmico polo comercial da região e desenvolve um projeto que a transforma numa cidade shopping.
As duas estradas/dique serão úteis também porque se integram a uma nova e importante rota rodoviária que está nascendo e já vem sendo chamada de Intervales.
Do Pareci Novo, que está situado na margem direita do Rio Caí, parte a rodovia Transcitrus, indo até Teutônia, no Vale do Taquari. De São Sebastião do Caí, situado à margem esquerda do rio, parte a ligação com o Vale do Sinos através de São José do Hortêncio. A expectativa é de que o asfaltatamento destas duas ligações seja concluído em dois anos. E, portanto, se constituirá uma rota de intenso trânsito, ligando os vales do Taquari, Caí e Sinos. É preciso racionalizar a passagem deste trânsito por São Sebastião do Caí, o que se dará pelo Acesso Norte da Ponte/estrada/dique. Como as vias urbanas da cidade de São Sebastião do Caí não suportariam este trânsito, a construção do Acesso Norte é tão importante quanto a da própria ponte.
A elaboração do projeto da Ponte/estrada/dique nasceu do profundo conhecimento da região e das consultas e debates que o jornal Fato Novo promoveu, juntamente com a Prefeitura Municipal de São Sebastião do Caí, depois da superenchente de 22 de junho de 2011. Ele foi baseado em informações obtidas junto aos maiores especialistas no assunto existentes no estado, inclusive o engenheiro Henrique Witler, que foi o responsável pela implantação do bem sucedido sistema de proteção contra enchentes existente hoje em São Leopoldo e o geógrafo Cássio Wolmann, que é o maior especialista no estudo das enchentes do rio Caí.
Na solenidade realizada em Harmonia na quinta-feia, dia 9 de fevreiro de 2012, o governador Tarso Genro declarou que não falta dinheiro para a realização de obras importantes e que os prefeitos devem cobrar a realização dessas obras do secretário Beto Albuquerque (secretário estadual da infraestrutura). O secretário, que também participou da solenidade, disse que, para isso, era necessário apenas que a obra esteja no plano de obras do governo.
Cabe, portanto, aos prefeitos da região, especialmente os do Pareci Novo (Oregino Francisco), do Caí (Darci Lauermann) e de Harmonia (Sívio Specht) a responsabilidade de buscar a realização da obra.