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Mesmo tendo sido duas vezes candidato a prefeito do Caí, Joir Silva ainda é mais lembrado como filho de João Soares da Silva |
Joir Tadeu da Silva foi duas vezes candidato a prefeito do Caí, nas eleições municipais de 1972 e 1976. Na época existia o sistema de sublegenda e o PMDB concorria com três candidatos.
Em 1972, os candidatos do PMDB foram Joir (o mais votado), Roque Schmitz (de Bom Princípio) e Valdemar Olivieira (de Capela de Santanta). Mas quem se elegeu foi o imbatível doutor Bruno Cassel, do PDS (a antiga Arena).
Naquela época a reeleição de prefeitos não era permitida.
Em 1976, sem ter de enfrentar o mitológico Doutor Cassel, o PMDB apresetou como seus candidatos Heitor Selbach, Joir e Luceval Rodrigues da Silva. Com a soma dos votos destes três candidatos, o partido venceu a eleição e o mais votado dos três, Heitor Selbach, assumiu a prefeitura.
Joir exerceu os cargos de secretário municipal nas pastas da Administração e de Obras, nos dois governos de Heitor Selbach.
Joir era uma pessoa muito simpática e comunicativa, mesmo que não fosse muito sorridente. Seguia, em tudo, os exemplos de seu pai: João Soares da Silva, que foi um outro mito caiense. Conhecido como Pai João, ele sempre ajudou muitas pessoas, criando uma imagem paternal que resultou no apelido.
Como seu pai, Joir foi despachante. Naquela época, com a ajuda do Pai João, ficava mais fácil conseguir a carteira de motorista.
Joir era irmão de Ataíde, já falecido, e Adir, que foi telefonista da CRT e ainda reside no Caí. Era casado com Harieth Rübenich, professora de educação física, e o casal teve três filhos: Tiago, Tobias e Michelle. Os quais, por sua vez, lhes deram cinco netos.
Em Tramandaí, Joir trabalhou muitos anos como agente de saúde, no combate à dengue. E esta atividade pode ter contribuído decisivamente para a sua morte. O médico que o atendeu nas últimas horas atestou que ele havia falecido em decorrência de envenenamento, seguido de infarto.
A mãe de Joir, dona Nair, e também o seu irmão mais velho morreram também de infarto. Já o Pai João morreu de câncer.
Joir sempre teve facilidade nos estudos e chegou a cursar Direito, mas desistiu dos estudos depois que casou e aumentaram as suas responsabilidades. Recentemente ele fez concurso para um cargo melhor, na prefeitura de Tramandaí e passou em primeiro lugar. Estava muito feliz com esse êxito
Mesmo residindo em Tramandaí há muitos anos, Joir gostava muito do Caí e se preparava para visitar a cidade para participar de um jantar com os amigos. Mais um habito que ele herdou dos seu pai.
A morte aconteceu à uma e 45 da madrugada de sábado e às cinco da tarde Joir foi sepultado, no Cemitério Municipal de Tramandaí. Joir tinha 63 anos.
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