segunda-feira, 30 de abril de 2012

1369 - Fotos dos cinemas Gaúcho e Aloma


O Cine Gaúcho funcionou nas décadas de 1930 e 1940
O Gaúcho era todo de madeira e tinha galerias nas laterais e ao fundo 


Helmuth Blauth, quando jovem, tocava violino acompanhando 
filmes mudos de antigos cinemas da cidade
O Aloma tinha acentos para 700 pessoas e contava com um mezanino



As fotos acima pertenceram a Wallace Kruse, grande estudioso da história de São Sebastião do Caí. 
Sua neta Lu Bohn  está zelando pelos documentos deixados por seu avô. Uma boa iniciativa. Essas belas fotos dão uma idéia de quantas informações importantes para a história caiense podem estar contidas nos documentos do seu Wallace.
Note-se que a mesma foto que encimava o prédio do Cinema Gaúcho foi transferida para o prédio do Cine Aloma.

Helmuth Blauth, que foi o maior empresário caiense dos meados do século XX, teve sua vida bastante ligada ao cinema. Nascido em 1906, ele aprendeu a tocar violino quando jovem e, na década de 1920, participava do grupo de músicos que animava as sessões de alguns dos primeiros cinemas  da cidade. Fez isto de 1924, no cinema de Otto Weber, até o advento do cinema falado, o que fez ele perder o emprego.
Depois disso ele dedicou-se ao transporte de passageiros em ônibus e ganhou dinheiro para costruir o seu próprio cinema: o Aloma.
Conforme informações colhidas por Helena Cornelius Fortes, o primeiro cinema caiense surgiu por iniciativa do farmacêutico Maméde Borges, que foi também o primeiro proprietário de automóvel na cidade. O cinema funcionou nas dependências do Club Tesoura, do qual ele foi um dos fundadores. O cinema deve ter sido fundado por volta de 1920 e o Doutor Maméde, como o tratavam, ficou na cidade somente até 1923.  É bem provável que o Otto Weber, acima citado, tenha dado continuidade ao cinema de Maméde.
Para completar a relação dos cinemas existentes no Caí ao longo do século XX, falta citar ainda o Cine Brasil, que funcionou no mesmo prédio e com as mesmas instalações do Cine Aloma, no final do século. Com o seu fechamento, o Caí ficou sem cinema por vários anos.
Voltou a ter em 2004, quando foi inaugurado o Centro de Cultura (que conta com uma cabine especial para projeções cinematográficas). Iniciativa do então prefeito Léo Klein.

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