quarta-feira, 15 de agosto de 2012

1461 - O Caí na retomada do desenvolvimento

Desde 1997, o crescimento da economia caiense foi muito fraco. Nos últimos dois, melhorou muito. Tomara que continue

































Dizem que ser pobre não chega a ser triste para aqueles que sempre viveram nesta situação. Ser pobre é muito triste, mesmo, para quem já foi rico e tornou-se pobre.

Esta é, ou era, a situação do Caí. Há vinte anos atrás, o município era o mais rico da região, graças ao sucesso da empresa Azaléia, que tinha duas fábricas na cidade e produzia nelas os tênis Olympikus.
Depois, enfrentando a concorrência chinesa, a Azaléia for perdendo mercado, se enfraquecendo e acabou fechando as suas fábricas caienses, no ano de 2005.
Assim, enquanto em outros municípios da região a economia crescia assombrosamente (especialmente o município de Tupandi, que teve a sua renda per capita aumentada 50 vezes, passando de 750 para 40 mil dólares), no Caí ela permanecia estagnada.
Embora invejando o progresso dos vizinhos - Tupandi, Harmonia, Pareci - os caienses não entraram em depressão. Os vizinhos ricos até ajudaram a manter o Caí numa situação razoável, comprando nas lojas caienses e usando seus serviços, indo ao cinema do Centro de Cultura, consultando os seus médicos, frequentando as suas lancherias.
Apesar da pobreza, os caienses tiveram alegrias e o empobrecimento, na comparação com os vizinhos, não lhes foi tão penoso.
Mas as perdas foram muitas. Num município empobrecido, a prefeitura não tinha dinheiro para conservar as ruas e os buracos se multiplicaram. Não podia trocar o encanamento e qualquer chuva resultava em inundação. A qualidade do ensino nas escolas municipais caiu a níveis alarmantes e a assistência à saúde torneou-se muito precária.
Mas o mundo da voltas e agora o município dá, novamente, sinais de vitalidade e progresso.
Nos últimos dois anos a economia caiense apresentou progresso surpreendente. Em 2011, o crescimento caiense , pela primeira vez na história, foi maior que o de Tupandi.
Espera-se que o sucesso destes últimos dois anos continue e que o Caí tenha reencontrado o caminho do progresso. O rumo que havia perdido.
Sabe-se que a administração municipal tem papel fundamental no desenvolvimento dos municípios. Tupandi cresceu, e cresce, devido às medidas tomadas pelos seus governantes. E com o Caí não será diferente. É muito importante, portanto, que o futuro prefeito governe com pensamento no futuro, tomando medidas e fazendo investimentos que favoreçam o desenvolvimento. E  cabe aos eleitores escolher bem o seu  futuro prefeito e o apoiar quando ele fizer investimentos cujo retorno não ocorre imediatamente. Vale a pena sacrificar um pouco do presente para garantir nossa maior felicidade no futuro.
Filósofos já ensinaram que é a capacidade de fazer isso que diferencia uma pessoa sábia e garante a felicidade. E eles dizem também que as pessoas que sempre viveram na riqueza não são tão felizes quanto aquelas que enriquecem depois de terem sido pobres. O que, espera-se, será o futuro dos caienses.

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