quarta-feira, 5 de setembro de 2012

1481 - Pontes em ruínas poem em risco a vida dos transeuntes






Nas três pontes estreitas, sobre o rio Caí e a sua várzea, os parapeitos foram derrubados em oito pontos diferentes. Em meio ano,  três veículos caíram de altura superior a dez metros e três pessoas morreram nesses acidentes
Para nós brasileiros, porém, a foto chama atenção por um motivo muito especial. Ao contrário do que se vê aqui no Brasil, as condições da ponte parecem perfeitas.
A situação, por aqui, é muito diferente. Exemplo disso são as três pontes sobre o rio Caí e a sua várzea, na ligação entre o Caí e Pareci Novo.
O dia 7 de julho deste ano, aconteceu um gravíssimo acidente na ponte do meio, sobre a várzea do rio. Um carro despencou do alto da ponte e o casal que estava dentro do carro morreu no acidente. A queda foi de aproximadamente 12 metros.
Esta já foi a terceira queda de veículos do alto daquelas pontes neste ano. Na primeira delas morreu o comerciante caiense Adolário Schussller e a sua esposa Cleunice Terezinha Mignoni sofreu ferimentos gravíssimos.  No segundo, um caminhão dirigido pelo principiense Miguel Kaspary sobreviveu por verdadeiro milagre.
A grande frequência dos acidentes nestas três pontes se explica pelo fato delas serem estreitas, não permitindo o cruzamento de dois veículos sobre elas. Apesar disso, as pontes não são sinalizadas e as amuradas não são sequer repostas depois que algum veículo a derruba ao despencar no rio ou na várzea. Alargar as pontes, ou construir uma nova, então, nem se cogita. Para piorar, não há sinalização que advirta os motoristas quanto ao estreitamento da pista e o mato é alto na beira da estrada, tirando a visibilidade do motorista numa curva que fica logo antes de uma das pontes.
Passados mais de seis meses do acidente que matou Gamarra, a amurada então derrubada não foi reposta. E o mesmo acontece com as amuradas derrubadas nos acidentes mais recentes (e em outros nos quais os veículos que as atingiram não chegaram a cair no abismo e os acidentes não resultaram em morte).
A visão das amuradas derrubadas, em diversos locais das três pontes, chega a ser aterradora. Dá para imaginar o pavor das pessoas que despencaram daquelas altas pontes, dentro dos seus veículos. 
A sensação é mais aterrorizante para os pedestres e ciclistas que passam por ali diariamente. Ainda mais que uma parte da amurada (destruída no acidente que casou a morte de um casal) ainda está no local, sobre a passarela, que foi costruída para o trânsito de pedestres e ciclistas. A presença daqueles escombros sobre a passarela força pessoas e bicicletas a usar a pista de veículos, na qual o trânsito é intenso.
A Coréia, até a década de 1960, era um país mais pobre e atrasado do que o Brasil. Hoje é primeiro mundo. Um dia - espera-se - o Brasil também terá um governo tão honesto e eficiente como o coreano. Mas, para isso, os eleitores também terão de agir com honestidade, votando em candidatos sérios, que não lhe ofereçam vantagens indevidas em troca do voto. Se o eleitor é desonesto e procura tirar vantagens pessoais ao votar, não pode desejar que os políticos eleitos por ele sejam pessoas sérias.

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