A colônia de Rio Bonito, em Santa Catarina, recebeu grande
imigração de descendentes de alemãs vinda do Rio Grande do Sul
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"O segundo motivo da crescente emigração do Rio Grande do Sul , foi os preços exagerados cobrados pelos vendedores de terras. Em praticamente todas as picadas havia um agente de terras. Na estrada, em cada vereda, em cada trem, encontrava-se um vendedor de terras. Pegando-se um jornal, era certo encontrar-se uma dúzia de anúncios, das mais diversas companhias, divulgando seus preços.
E ai daquele que, na procura por terra, se aproximasse da fronteira. Como, por exemplo, em Marcelino Ramos! No mesmo trem encontravam-se três ou quatro agentes. Cada qual depreciando a terra de seu concorrente e pintando como sendo um paraíso a de seu patrão.
Oferecia a melhor terra, na melhor localização, com as melhores condições de escoamento e os preços mais vantajosos.
Foi por causa dessa especulação imobiliária que muito colono emigrou sem necessidade, do nosso estado e tantos pássaros que haviam abandonado o ninho sentiam saudades dele."
Trecho do livro Cem Anos de Germanidade no Rio Grande do Sul, escrito
(em 1922) pelo padre caiense Theodor Amstad (nascido na Suíça)
e traduzido pelo tupandiense Arthur Blasio Rambo
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