domingo, 8 de dezembro de 2013

3202 - Mapas do Vale do Caí, diferentes épocas

Mapa de 1876 elaborado pelo engenheiro José Inácio Coimbra  

Esse mapa apresenta muitos aspectos curiosos. A localidade de Santa Ana (atual Capela de 
Santana) é apresentada com letra de maior destaque do que Monte Negro e Porto do 
Guimarães (atual São Sebastião do Caí). De fato, Capela nessa época (e principalmente antes
disso) era maior, mais populosa e mais importante do que essas cidades.
O arroio Forromeco é denominado Ferro Meco (seu nome na época, veja postagem sobre 
isso nesse blog.
Bom Princípio está assinalado como uma localidade. 
Feliz não recebeu o mesmo destaque. Aparece assinalada apenas uma área de terras de 
considerável tamanho denominada Colônias da Linha Feliz.
Criados na mesma época (Feliz em 1846 e Bom Princípio em 1848), Bom Princípio teve,
de início, um desenvolvimento mais acelerado. Só depois que foi aberta a Estrada 
Visconde de Rio Branco e ela foi se tornando mais transitada, que Feliz tomou um maior 
impulso, chegando a tornar-se bem maior que Bom Princípio em 1900 (quando foi 
construída a ponte de ferro sobre o rio Caí junto à povoação.
Aparecem na foto diversos arroios que conservam com os mesmos  nomes até hoje. Rios 
e arroios não costumam mudar de nome. O que acontece mais são as deturpações, como
a transformação de Ferro Meco em Forromeco e a de Três Marcos em Três Mares.
Estão ali os arroios Maratá, o Salvador, com seu afluente Santa Rita. Do Forromeco,
aparecem nominados os arroio Santa Clara e São Luiz.
A colônia de Montravel Silveira (correspondente, basicamente, ao atual  município
de São Vendelino), aparece separada da colônia de Santa Maria  da Soledade. Mais ao
norte são mencionadas Terras Devoulutas, ou seja, sem dono e sem utilização.
Na margem esquerda do rio Caí, os arroios Cadeia e Feitoria aparecem registrados com
nomes idênticos  aos que têm atualmente.
O mapa mostra ainda, em vermelho, a antiga estrada Visconde do Rio Branco 
estendendo-se do Caí até Feliz. Também aparece, na mesma cor, o traçado da estrada 
de São José do Hortêncio, que já se estendia até a importante colônia de Nova Petrópolis.
Estas duas estradas, tão importantes na época, até hoje não foram pavimentadas. Uma 
prova gritante da incompetência dos governos brasileiros.


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