domingo, 30 de março de 2014

3838 - Mauro Coelho 3: um enterro como nunca se havia visto

Mauro Coelho com o técnico Carlos Froener e o presidente do Cruzeiro
Paulo Bopp
Uma verdadeira multidão concentrava-se em frente à casa funerária em que era velado o corpo, na tarde de segunda-feira, de modo que o carro fúnebre não conseguiu aproximar-se para conduzir o corpo até a igreja e o caixão acabou sendo levado a pé até lá, seguido de uma grande procissão (1).
A grande igreja matriz de São Sebastião foi pequena para acolher a todos que queriam acompanhar as últimas homenagens prestadas ao grande esportista. Mais de 200 pessoas ficaram do lado de fora. O cortejo que, em seguida, dirigiu-se para o cemitério municipal teve a participação de 91 automóveis, dois ônibus e cinco motos. No cemitério, outros 30 automóveis aguardavam pela chegada do cortejo.
Os dois ônibus foram insuficientes para acolher o grande número de pessoas que queriam servir-se deles para acompanhar Mauro Coelho na sua última viagem. Entre os presentes, além dos desportistas e dos amigos caienses, encontravam-se Beto Froener (filho do treinador Carlos Froener), Otacir Viana e Abraão Hermann.
No cemitério, compareceram faradadas as equipes do Guarani e do Cachoeira, bem como os árbitros da Liga Caiense, dos quais Mauro era colega. O sepultamento foi procedido com simplicidade. Junto com o corpo foi enterrada a camiseta do Cachoeira, última que Mauro Coelho vestiu e defendeu com grande esforço no derradeiro jogo da sua carreira.

1 - A antiga funerária Selbach situava-se onde  hoje está a Funerária Hartmann e o cortejo percorreu seis quadras e meia, até chegar à igreja.

Matéria publicada pelo jornal Fato Novo na sua edição de 28 de março de 1984

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