domingo, 27 de abril de 2014

3945 - Cine Tanópolis e loja Alziléa

A loja que existiu ao lado do Cine Tanópolis

O Cine Tanópolis foi o maior e mais movimentado cinema de Montenegro e da região. Ele estava situado na rua Ramiro Barcelos, na quadra que vai da Olavo Bilac à Osvaldo Aranha.
Ao lado do cinema havia a loja Alziléa. Um nome estranho e que muita gente confundia, pensando que o nome fosse Azaléa.
Esse nome provinha da combinação dos nomes de suas proprietárias: Dona Alzira Schaeffer e sua filha  Léa Gesswein. O prédio dessa loja foi demolido recentemente.
Léa, que era Schaefffer quando solteira, era casada com o contabilista Milton Gesswein.
Adiante, na foto, vemos a esquina da Ramiro com a rua Olavo Bilac, com os prédios da Farmácia Guarani e do Café Comercial.
O prédio do Cine Tanópolis foi vendido recentemente e o cinema, que ainda funciona no mezanino do antigo cinema, será fechado. 
Maria Teresa Machado comentou no Facebook que depois do fechamento da loja Alzilea seu pai Marco Antônio Missel Machado, abriu ali uma loja de eletrodomésticos chamada Eletrolar. Conta também que sempre existiam, ali, várias bicicletas expostas. Conta ainda que, em 1972 ela morava com os pais nos fundos da loja. E ouviu dos mais antigos que, certa vez, um boi entrou na loja e quebrou tudo. O que é muito surpreendente. Como poderia um boi entrar numa loja situada na rua Ramiro Barcelos?
Mas não é impossível, considerando-se que o fato poderia ter ocorrido décadas antes dos anos 1970. No início do século XX era comum tropas de gado bovino e até de suínos serem conduzidas pelas estradas para matadouros de frigoríficos como o Oderich no Caí e o Renner em Montenegro. No Caí, ainda na década de 1950, bovinos eram tropeados pela rua Esperanto passando por onde hoje se encontram o Forum da cidade e o supermercado Cruz. Da mesma forma, é de crer-se que pelas décadas de 1910 ou 1920 tropas de bovinos eram tropeados pela Ramiro Barcelos e já havia uma loja, ou mesmo uma residência naquele prédio e ela tenha sido invadida por um boi desgarrado da tropa.

Foto do acervo de Romélio Oliveira

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