domingo, 6 de abril de 2014

3877 - O velho moinho do Campestrinho 1

O moinho construído no século XIX ainda funcionava









































Nas imediações da igreja do Campestre de Santa Terezinha (chamado também de Campestrinho, para diferenciar da vizinha localidade de Campestre da Conceição), encontra-se o moinho de propriedade de Arno Juchen, que funciona desde a sua construção, no século XIX. Como o moinho é movido pela água que provém de um riacho, o único gasto que seu Arno tem com ele é o tempo necessário para acioná-lo (o mesmo que precisa para acender um palheiro) e o sebo de carne que usa para lubrificar os eixos do moinho.
O moinho foi construido por Frederico Juchem, com fins comerciais. Mais tarde, foi vendido para Daniel Fritsch, que depois o revendeu para Frederico Juchen Sobrinho, bisneto do primeiro dono. E Arno Juchen, filho de Frederico Juchem sobrinho tornou-se dono do moinho há 52 anos, sendo que vive nele desde que nasceu, há 71 anos. 
Em 1957, seu Arno fez o último reparo no moinho: a troca da roda, que o tempo e a umidade havia apodrecido. A atual é a terceira roda utilizada desde a construção e, feita com madeira de ipê, está ainda em boas condições.  O seu construtor afirma que ainda vai durar por muitos anos.
A data da construção do moinho é incerta. Já houve quem sugerisse a idade de 150 anos. O que não é impossível mas é bastante improvável, pois os primeiros imigrantes alemães chegaram à nossa região por volta de 1826. Como o local é bastante distante do núcleo inicial de colonização, não seria conveniente a construção do moinho naquele ponto. A não ser que esse tenha sido o único local adequado encontrado pelos colonos. De qualquer modo, a construção parece bastante antiga.

Matéria e Sérgio Engelmann publicada pelo jornal Fato Novo em 5 de abril de 1984

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