quarta-feira, 21 de maio de 2014

4050 - História do Esporte Clube Guarani

Em 2013, o Guarani disputou o campeonato caiense e deve se preparar
bem para comemorar condignamente o seu 100º aniversário, em 2016
O Esporte Clube Guarani foi fundado no dia 16 de maio de 1916. Nesta data, numa reunião realizada na residência de Aloísio Fortes, contando com a presença de destacados esportistas caienses, surgiu a ideia da fundação de um clube com o nome de Esporte Clube Guarani. Nome que contou com a aprovação unânime das pessoas presentes.
Os fundadores foram João Flores, Tenente Aparício Atos Fortes, Olavo Flores, Mário Backes, Helmuth Blauth, Alfredo Michaelsen, Eldefonso Kayser, Adalberto Rübenich, Otto Weber, Carlito Shemes, Vitor Adams e João Adams. Todos presentes àquela reunião.
Utilizando para seus treinamentos um gramado existente no local onde depois foram construídas as casas populares (quarteirão situado entre o prédio do atual Forum e a avenida Doutor Bruno Cassel).
No início, os jogadores de mais destaque foram o goleiro Beno Heinferdt, apelidado de Macacão por sua altura avantajada e defesas sensacionais; João Flores, Abílio Dias,  Vilmar Bier, Beno Wolf, Pedro Piovesan, Mário Backes, Pridi Henzel, Raimundo Schiedel, Rosalino Aparício, Pubi Adams, entre outros.
Durante a sua história, o Guarani enfrentou algumas dificuldades e passou por períodos em que ficou “dormindo”, como diziam antigos dirigentes. Mas, em 1943, sob a presidência de Helmuth Blauth (que já se destacara como grande craque da equipe em anos passados) o Guarani “acorda”.
Nessa época, uma comissão formada por Fernando Palmezan, João Flores, José Nascimento e Rosalino Aparício solicita audiência com o governador Ernesto Dornelles, conseguindo desse a liberação de uma  verba de cinquenta mil réis para a compra de uma área de terra para a construção de um estádio definitivo (em terreno próprio) para o clube.
A 6 de novembro de 1946, é lavrada a escritura de compra das terras. Em seguida, num trabalho de mutirão, realizado por torcedores e dirigentes, o potreiro onde hoje está localizado o estádio foi sendo transformado num campo de futebol.
Esporte muito difundido na época, o futebol se constituía na principal diversão dos fins de semana. “Era o tempo em que as mulheres brigavam de sombrinha nos estádios e muito eu briguei pelo Guarani, lembra Dona Maria Aparício, esposa de Rosalino “Chato” Aparício, um dos atletas integrantes da primeira equipe e depois treinador o time.
Em retribuição às visitas, eram frequentes as excursões do Guarani a cidades como São Leopoldo, Novo Hamburgo, Montenegro, Estância Velha e Nova Petrópolis,  onde se defrontavam com as equipes locais.
É difícil precisar com exatidão os títulos conquistados pelo Guarani ao longo dos anos. Em 1953, 54 e 55, apesar de uma série de dificuldades enfrentadas em seus jogos no interior do estado, o Guarani foi Vice-ampeão Estadual de Amadores. Sabe-se também que foi Vice-Campeão Estadual de Amadores. Sabe-se também que foi por doze anos consecutivos, campeão municipal.
Nomes como Gim Silva, Tarugo, Tostão, Pedrinho Macaco, Antoninho Belé, Luisinho Belé, Luisinho Flores, Biquinho, João Birula, Oli, Querosene, Pérsio e Heitor Piovesan, jogadores da velha geração, e ainda atletas integrantes da equipe na década de sessenta, como Beto e Martim Adam, Rui Flores, Vato e Adail Rossetti, Ivandel Fraga, Erasmo Coelho, são dignos de lembrança pela sua fidelidade à camiseta e seus vários anos dedicados ao futebol do clube. 
Desde o primeiro presidente, em 1916, que foi João Martim Adam, até os dias de hoje, vários nomes se sucederam na direção do clube. 
Presidiram o Gurani Helmuth Blauth, Pedro Schütz  Egídio Blauth, Jaime Blauth, Pedro Heitor Piovesan, Emo Burmgarttten, Ernesto Kievel, Reinholdo Klein, João Paulino de Mello, Adão de Souza Nunes, Valtoir Rossetti e Ivo Silva.

Matéria publicada pelo jornal Fato Novo, em 3 de maio de 1984

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